Pesquisar Artigos

DIVÓRCIO E RECASAMENTO PERMITIDOS?




UMA REFLEXÃO BÍBLICO-TEOLÓGICA


                                                  INTRODUÇÃO













Recentemente li um texto que intitulava “Pode um homem divorciado ser um pastor? Não! Dez motivos o impedem!”. Muito me fez pensar, principalmente pela maneira impensada que esse autor usou para falar de um tema de extrema importância no meio cristão, e que deve ser encarado com estudos teológicos sérios para que obtenhamos entendimento profundo sobre o assunto e não nos deixarmos levar por comentários de fácil refutação.
Considerando em dar resposta a perguntas que inquietam aos cristãos com respeito ao comportamento das pessoas numa sociedade determinada, existe a tarefa que não pode se postergar nem iludir com respostas triviais.
A questão sobre o divórcio e as perguntas que se fazem sobre este tema, tais como: é permitido o divórcio desde o ponto de vista bíblico? Permite-se a uma pessoa divorciada casar-se de novo? Um pastor da igreja pode divorciar-se e voltar a se casar? É assunto de nosso presente trabalho.
Como pastor, sinto que é urgente dar respostas a todas estas perguntas que conturbam a vida da igreja, longe de todo subjetivismo, para nos servir á exercer uma pastoral mais eficaz sobre o tema do divórcio. Não ignoramos as diferentes controvérsias que existem sobre este assunto e as diversas maneiras de encará-lo.
Gostaria de me agarrar a um texto bíblico para ter a solução ás perguntas já pleiteadas, porém não é possível, já que a prática de Jesus transcende o sentido de qualquer texto bíblico que pudéssemos citar. Então, nessa perspectiva da prática ou pastoral de Jesus, nos remitiremos a ela para fazer nossa reflexão. Citaremos alguns exemplos sobre o que estamos afirmando:
  1. Em certa oportunidade, Jesus foi confrontado ante uma discussão que dividia as duas grandes escolas rabínicas: a que sustentava que o homem podia divorciar-se de sua mulher por qualquer causa (HILLEL), e outra que afirmava que o divórcio somente se permitia em casos de infidelidade (SAMMAI) (Mateus 19:1-12). Aqui Jesus tomou uma opção apoiando a posição da escola Sammai.
  2. Outro caso, quando Jesus se pôs entre dois adversários e sobre um tema; o assunto do tributo a César, na qual os fariseus sustentavam que os judeus não deviam pagar impostos á Roma, enquanto que os herodianos sustentavam o contrário. (Mateus 12:15-21Marcos 12:13-17Lucas 20:20-26). Porém, adiante de todo processo hermenêutico, Jesus decidiu a favor dos herodianos.
  3. Um tema ardente era sobre a ressurreição dos mortos. Os fariseus e saduceus diferiam a respeito. Os saduceus afirmavam que não havia ressurreição, enquanto os fariseus afirmavam o contrário. (Mateus 22:23-33Marcos 12:18-27Lucas 20:27-40). Nesse assunto Jesus favoreceu aos fariseus.
  4. É surpreendente ver a atitude que Jesus tomou ante a uma situação de adultério (João 8:1-11), a qual foi confrontado maldosamente pelos escribas e fariseus, em que havia que optar pela lei ou pelo amor (objeto de sua prática). Jesus se inclinou pelo amor.
  5. Outra situação se dá quando Jesus se encontrava no deserto e era tentado pelo diabo. Aqui a tentação girava entre obedecer a Satanás, que utilizava as escrituras para seu benefício, ou encará-lo com as mesmas escrituras, desde uma perspectiva de seu senhorio e autoridade como filho de Deus (Lucas 4:1-13;Mateus 4:1-11). Jesus se inclinou e optou por esta última posição.
O que nos mostram essas atitudes de Jesus? Consideremos pelo menos dois ensinamentos:
  1. Toda situação merece uma consideração muito especial à luz da realidade na qual se gera e que a lei não pode ser aplicada, somente por ser a lei.
  2. O amor de Deus é mais transcendente que a lei. Na alocução e na prática de Jesus, este amor pode fazer muitas maravilhas e infinidade de milagres; redimiu o caído, perdoou ao pecador, gerou um novo projeto de vida ao que estava morto na vida, deu de comer aos famintos, curou aos enfermos, etc. Em resumo, o amor pôde mais que lei.
Com respeito ao nosso tema, o divórcio, queremos fazer as seguintes observações:
  1. Com respeito aos vocábulos gregos:
    • apoluv (apolúo): Significa soltar, liberar, despedir, despachar, divorciar, perdoar, indultar. Em nenhum caso significa repudiar, que tem outra conotação.
    • porneia (porneia): Cujo significado é imoralidade sexual; infidelidade. É dizer, falta de exatidão em cumprir com seus compromissos, inconsistência no carinho, falta de fé. Ausência de fidelidade e amor. Segundo o dicionário conciso grego-espanhol do novo testamento, o termo infidelidade corresponde aos textos bíblicos de Mateus 5:32Mateus 19:9, e não imoralidade sexual.
  2. Respectivamente ao conceito:
    • O divórcio só é permitido por causa de infidelidade (porneia) (Mateus 5:32Mateus 19:9).
    • O divórcio dissolve o matrimônio e dá o direito a parte inocente a voltar-se a casar (Deuteronômio 24:1-4).
    • O divórcio bíblico significava a dissolução total do matrimônio com o direito a voltar a contrair núpcias.
    • Para os judeus era desconhecida à proibição de voltar-se a casar depois do divórcio.
    • O divórcio não é um problema moderno. Moisés, quatorze séculos antes de Jesus Cristo, teve que legislar sobre o mesmo. Jesus mesmo o encarou como uma questão moral.
    • Buscar o divórcio para resolver rápido qualquer problema ou como uma saída fácil, Não é bom. O divórcio não é motivo de regozijo, mas, de dor, sofrimento, reflexão séria sobre nossa condição humana diante do Senhor.

REFLEXÃO BÍBLICO-TEOLÓGICA SOBRE O DIVÓRCIO

O livro de Gênesis nos apresenta dois relatos da criação. No primeiro, Deus fez o ser humano a sua imagem e semelhança, e como pessoas sexuais homem e mulher. A eles lhes ordena a serem fecundos e a reproduzir-se (Gênesis 1:27-28).
No segundo relato, Deus formou ao homem e lhe deu seu Espírito (Gênesis 2:7), colocando-o em um paraíso – coisa que não sucede no primeiro relato da criação. Depois Deus lhe cria uma companheira idônea (Gênesis 2:18), criando desta maneira a mulher (Gênesis 2:22).
O homem depois de sair de seu letargo e ao ver a nova criatura de Deus, se reconhece nela, e, nas primeiras palavras pronunciadas pelo ser humano na bíblia, declara que vê seu reflexo nela através de uma identificação total (Gênesis 2:23).
No segundo relato, não existe uma ordem de submeter-se à criação de Deus, nem de reproduzir-se; porém se deixa ver uma ordem social, aonde as pessoas criadas são vistas como indivíduos, que se complementam um com o outro em todo sentido.
Este complemento se realiza através de uma relação: “esta sim é osso de meus ossos e carne de minha carne” (Gênesis 2:23).
Esta união baseia-se numa identificação e na habilidade que o criador nos dá para amar ao osso e a carne que é “nossa”.
Este era no começo (numa relação edenista), porém se desfaz com o ato da ambição pessoal de querer ser como Deus, o que leva ao ser humano ao pecado, desobedecendo à ordem divina. (Gênesis 3:4-5). Devido a esta situação e para ordenar a sociedade, os grupos humanos tratam de regular as relações entre as pessoas criando leis que regulam a união do homem com uma mulher (casamento), assim como a separação deles (divórcio).
O livro de Levítico, no capítulo 18, contém leis enquanto a união conjugal e em Deuteronômio 24:1-4 existem leis que regulam o divórcio. É interessante notar que a passagem sobre o divórcio se ache dentro de uma seção que regula e decreta a proteção do débil e do violado.
A proibição para tornar a casar depois de dar liberdade à mulher (divórcio), era imprópria à cultura hebréia e judia. Não existe nenhum indício bíblico que o casamento tem sua origem ou fosse estabelecido como instituição divina, ou como sacramento eclesiástico ou religioso. É certo que Jesus participou como convidado a uma boda no povo de Caná da Galiléia (João 2:1-10), mas sua presença foi meramente social e sua ação foi a de proporcionar o vinho, através de um milagre, a uma celebração. A palavra sacramento significa “recordar o sagrado”. Reconhecendo que Deus é o único sagrado, podemos dizer que o casamento como ato celebratório humano, nos lembra unicamente a presença do amor no casal, que Deus formou, em sua criação; identificando nesse amor: “és osso de meus ossos e carne de minha carne”.
Em sua projeção histórica e social, o casamento é regulamentado por costumes e normas culturais tais como temos visto. As leis ou costumes que o regem não estabelecem o casamento, senão que socialmente o reconhecem e o regulamentam. A igreja o reconhece com um significado novo dentro do santificado (separado para Deus), mediante ritos que mostram uma significação da fé, que pode variar de uma cultura a outra.
No Novo Testamento vemos que em várias oportunidades, os fariseus e escribas confrontam a Jesus com a concepção acerca do divórcio (Mateus 19:3-12Marcos 10:10-12), requerendo, demandando d’Ele uma resposta imediata. Uma forma de contestar, recusando entrar no jogo do legalismo, foi: (Moisés)… Vos permitiu repudiar (a palavra usada no grego é apolusai (apolúsai), que não é repudiar, senão deixar ir, deixar sair, indultar, liberar, perdoar, divorciar) vossas mulheres, mas ao princípio não foi assim (Mateus 19:8).
Desta maneira Jesus quer voltar a estabelecer a ordem inicial da criação. Esta proibição radical sua (voltar à raiz), o leva a ir contra, a se opor – como reflexo de seu amor, a uma lei que o povo tinha e que era imperfeita, frente à realidade da sociedade, em especial á situação da mulher. A resposta de Jesus é em defesa da mulher.
Segundo a sociedade judia, a mulher podia ser divorciada por qualquer causa, especialmente de acordo com a escola do rabi Hillel. Desta forma, a mulher divorciada, passava a ser criatura sem direitos humanos nem sociais, ao não ter marido.
A posição de Jesus sobre o divórcio não era cega, senão que respondia ao amor e à dignidade humana mais do que a lei. Nessa mesma linha o apóstolo Paulo também autoriza o divórcio quando o cônjuge não é da fé cristã (I Coríntios 7:15). Aqui Paulo determina que a falta de identificação e o buscar “viver em paz como nos chamou o Senhor” justifica o divórcio ou a separação dos cônjuges.
No evangelho de João (João 8:3-11), também vemos que os escribas e fariseus põem a prova a Jesus, na disjuntiva de aplicar a lei, que destruía a vida, a pedradas, de uma adúltera, ou a ação do amor, que implica perdão e reconciliação.
Novamente se repete de alguma forma, o sucedido no Éden. Os escribas e fariseus querem ser deuses e ter o controle da decisão sobre a vida e a morte, e querem contaminar a Jesus, pedindo-lhe sua eleição: a lei que Moisés recebeu de Deus ou o amor que implica o perdão e reconciliação de Deus. Esta é a resposta de Jesus á mulher e a nós: “Nem eu também te condeno: vai-te, e não peques mais.” (João 8:11b)
É o amor para com o próximo, principalmente para o que sofre a opressão da escravizante lei, o que motiva a Jesus a tomar decisões: para Ele, o casamento está fundamentado no amor que vem a ser o “núcleo gerador de relações que de outro modo não se sustentaria”. Este amor é a força e a única união do casamento. Se o vínculo do amor se dissolve, se não existe a própria identificação na outra pessoa – então, o vínculo legal da lei matrimonial deixa de ter todo o sentido. A união do amor é antes e maior que a lei civil ou o rito religioso, que são a conseqüência da expressão desse amor.
Jesus repudiava as respostas legalistas a todas as perguntas. E assim o fez com o divórcio. Elevou toda a questão ao nível dos grandes princípios morais, espirituais e humanos… A luz de sua compreensão, firmeza e simpatia, como aparecem as atitudes da igreja moderna? Não encontro apoio para a “linha dura” adotada para com o divórcio e o novo casamento por algumas das grandes igrejas do mundo.
A situação de pecado em que vive a humanidade nos deve levar a perguntar-nos como igreja: é cristão negar a realidade do divórcio em nossa sociedade e na igreja, ainda que imperfeitas? É cristão demandar que as pessoas vivam em relações quebradas e adulteradas por um amor dissolvido, mantendo uma relação de aparência e negando o “viver em paz como nos chama o Senhor”?
Uma lei de divórcio por si mesma não gera permissividade, pelo contrário, pode aprofundar os laços do amor quando é real. Manter a indissolubilidade pela lei é uma coação externa, criadora de hipocrisia. O amor está no casal e não necessita uma pressão de fora para se sustentar. A lei regula outros aspectos do casamento que resultam socialmente daquela opção de formar o casal. Com uma lei de divórcio haveria mais coerência entre o amor real e sua expressão legal. Incluindo a possibilidade da dissolução do vínculo – que se supõe não é por qualquer motivo – deve suscitar no casal uma forma de aprofundar sua relação de amor e não uma banalização.
O Adultério não resulta como conseqüência do divórcio. O adultério pode existir num casamento, quando a união está quebrada – já há pecado. Pode haver alguns mui puros sexualmente, e que já não amam, e então a união está quebrada, portanto, também estão em pecado de adultério, ainda que vivam juntos como marido e mulher, cumprindo com a lei.
Muitas pessoas pensam que o adultério só se dá quando se tem relações sexuais com outrem. Porém, para nós cristãos o adultério se dá quando cobiçamos uma pessoa.
“Eu, porém, vos digo que todo aquele que olhar para uma mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.” (Mateus 5:28)
Diante de Deus todo pecado é pecado, e o homem fica sem escusa, tornando-se réu de juízo. Assim o sendo, todo homem que cobiça uma mulher, sendo ou por pornografias, ou pela televisão, ou por qualquer outro meio, se torna um adúltero, e logo pela lei moral de Deus torna-se culpado. Sendo culpado, como a igreja ainda o recebe em comunhão, alguns ensinam e pregam como se nada acontecera?
Porém, se um casal decide divorciar-se, pois já romperam suas relações, tornando visível esse feito, como o julgará? Como um pecado? Claro que sim, pois para os homens parece que pecado só é aquele que aparece. Os que, todavia não se sabem, continuarão não sendo pecado? O pior de tudo é que julgamos como se não houvesse perdão. Outro fato que não posso deixar de mencionar é de um casal de jovens, por exemplo, que em seu período de namoro e noivado, mantém relações sexuais. Até aí parece que está tudo bem, e até julgamos como o casal mais consagrado da igreja, eles mesmos julgam e desfazem daqueles que erram em seu trajeto na vida cristã, porém, quando essa jovem engravida… Tudo o que se realizava antes deixa de ser consagrado. Muitos pastores excluem essas pessoas e os colocam em exposição de exemplo na igreja, os humilhando. Casam as pressas, sem nenhuma condição e cuidado que mereciam ter da igreja e do pastor. Digo para servir de exemplo da nossa hipocrisia e porque os pecados sexuais para as igrejas, em sua maioria, é o maior dos pecados já dantes cometidos.
Em Marcos 3:28-29 diz: “Em verdade vos digo: Todos os pecados serão perdoados aos filhos dos homens, bem como todas as blasfêmias que proferirem; mas aquele que blasfemar contra o Espírito Santo, nunca mais terá perdão, mas será réu de pecado eterno.”
Logo se há perdão para o adúltero, porque em muitas igrejas é inadmissível que esse pecador, que recebeu absolvição, possa participar da mesa do Senhor, ou um pastor de pregar e ensinar, até mesmo sobre o assunto? Se acaso assim fosse… e os que mentem? E os que fofocam? E os que odeiam o irmão? E os que cobiçam? E os que estão casados, mas não honram mais os seus casamentos… como também poderiam estar em seus cargos e atividades?
Não faço apologia a nenhum pecado, somente busco a verdade Bíblica sobre o assunto e procuro não ser hipócrita. Todo pecado leva a morte, mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores (Romanos 4:8).
Se pecar, confesse seu pecado a Deus, peça perdão com arrependimento e vá, e não peques mais, nunca mais!
O divórcio não é motivo de regozijo. É momento de reflexão séria, sobre as nossas vidas e as relações humanas. É tempo de oração e de amor, de perdão e reconciliação. O apóstolo Paulo disse que quando um sofre, todo o corpo sofre. (I Coríntios 12:26a).

O DIVÓRCIO DESDE A PRÁTICA DE JESUS

Temos feito uma reflexão bíblico-teológica sobre o divórcio e para isso nos remetemos ás Escrituras. Porém, em toda a Escritura há uma experiência que não podemos deixar de lado e que foi anunciada desde o começo da criação, esta é a prática ou pastoral de Jesus, no cumprimento de sua missão, cuja fonte inesgotável é o amor, produto de sua misericórdia.
Esta práxis de Jesus é a que nos inspira a tomar uma alternativa com respeito ao tema do divórcio.
Tomemos em conta três situações, por exemplo, nas quais a pastoral de Jesus se faz mais notória em relação ao assunto de nosso estudo, o divórcio.

1. JESUS DÁ UMA NOVA LEI SOBRE O DIVÓRCIO (MATEUS 19:1-12).

É bom dizer que antes de se produzir a controvérsia com os fariseus sobre o divórcio, Jesus curou a toda uma multidão que o seguia e havia posto sua esperança n’Ele. Jesus exerceu seu poder por amor e misericórdia.
Os fariseus confrontaram a Jesus com uma pergunta maliciosa acerca do divórcio. Jesus lhes contesta que no princípio não foi assim (Mateus 19:8b) e sua resposta ao assunto é uma nova resposta, uma nova lei sobre o divórcio, na que o sujeito dessa nova lei é a mulher. Trata-se de uma defesa da mulher, que segundo uma postura judia, esta podia ser divorciada por qualquer causa. (Mateus 19:9).
Já temos visto acerca do significado dos vocábulos gregos: apoluv (apolúo) e porneia (porneía). Que nos dá base para considerar a única exceção que Jesus faz, “somente por causa de infidelidade”, melhor dizendo, quando se produz a deterioração das relações de amor e de fidelidade no casal.

2. JESUS E UMA DIVORCIADA (JOÃO 4:1-42).

O divórcio é um problema antigo, Moisés teve que legislar sobre ele. Jesus não encarou como um problema de lei, mas como uma questão moral. Nesta passagem vemos uma situação de uma mulher samaritana que havia tido cinco maridos, não foi um fato ocorrido nas grandes metrópoles atuais, mas na antiga Sicar. Infelizmente, o novo testamento parece mostrar Jesus dando duas respostas diferentes:
PRIMEIRA RESPOSTA
“Levantando-se Jesus, partiu dali para os termos da Judéia, e para além do Jordão; e do novo as multidões se reuniram em torno dele; e tornou a ensiná-las, como tinha por costume. Então se aproximaram dele alguns fariseus e, para o experimentarem, lhe perguntaram: É lícito ao homem repudiar sua mulher? Ele, porém, respondeu-lhes: Que vos ordenou Moisés? Replicaram eles: Moisés permitiu escrever carta de divórcio, e repudiar a mulher. Disse-lhes Jesus: Pela dureza dos vossos corações ele vos deixou escrito esse mandamento. Mas desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher. Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, [e unir-se-á à sua mulher,] e serão os dois uma só carne; assim já não são mais dois, mas uma só carne. Porquanto o que Deus ajuntou, não o separe o homem. Em casa os discípulos interrogaram-no de novo sobre isso. Ao que lhes respondeu: Qualquer que repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério contra ela; e se ela repudiar seu marido e casar com outro, comete adultério.” (Marcos 10:1-12)
SEGUNDA RESPOSTA
“Tendo Jesus concluído estas palavras, partiu da Galiléia, e foi para os confins da Judéia, além do Jordão; e seguiram-no grandes multidões, e curou-os ali. Aproximaram-se dele alguns fariseus que o experimentavam, dizendo: É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo? Respondeu-lhe Jesus: Não tendes lido que o Criador os fez desde o princípio homem e mulher, e que ordenou: Por isso deixará o homem pai e mãe, e unir-se-á a sua mulher; e serão os dois uma só carne? Assim já não são mais dois, mas um só carne. Portanto o que Deus ajuntou, não o separe o homem. Responderam-lhe: Então por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la? Disse-lhes ele: Pela dureza de vossos corações Moisés vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas não foi assim desde o princípio. Eu vos digo porém, que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de infidelidade, e casar com outra, comete adultério; [e o que casar com a repudiada também comete adultério]. Disseram-lhe os discípulos: Se tal é a condição do homem relativamente à mulher, não convém casar. Ele, porém, lhes disse: Nem todos podem aceitar esta palavra, mas somente aqueles a quem é dado. Porque há eunucos que nasceram assim; e há eunucos que pelos homens foram feitos tais; e outros há que a si mesmos se fizeram eunucos por causa do reino dos céus. Quem pode aceitar isso, aceite-o.” (Mateus 19:1-12)
Fundamentar a atitude de Cristo para com o divórcio em Marcos ou em Mateus me parece um erro. Jesus recusava dar respostas legalistas a todas as perguntas que lhe faziam, e assim também rejeitou quando questionado a respeito do divórcio. Em todas as palavras de Jesus sobre o divórcio, se reconhece o da lei mosaica com grandes limitações, e que o pecado humano faz que o seja quase inevitável. O divórcio não é um impedimento para que se receba o dom da vida que Ele lhe oferece. Creio que de alguma maneira, Jesus sem debilitar no mais mínimo a santidade do casamento, oferecia, todavia os ministérios de sua graça no serviço do casamento e a santa comunhão aqueles que pela dureza de seus corações houveram falhado e pecado. Por mais manchados e sujos que estejamos Ele vem a nós oferecendo-nos seu todo.

3. JESUS E A MULHER ADÚLTERA (JOÃO 8:1-12).

Outra vez nos encontramos com Jesus em plena atividade, se achava ensinando a todo um povo e prontamente aparecem em cena os escribas e os fariseus com uma situação muito delicada, e esperam que Jesus de um parecer ante a pergunta: “Ora, Moisés nos ordena na lei que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?” (João 8:5)
Há uma atitude de Jesus frente a eles, não lhes dá importância, preferia continuar ensinando o povo e se coloca a escrever com o dedo no chão. Os escribas e fariseus insistem no assunto, querem saber se Jesus vai permitir que se cumpra a lei e neste caso a mulher deveria ser apedrejada. Ao contrário seria desobedecer com a lei e então devia ser acusado.
Ante a insistência deles, Jesus os confronta com ação e lhes disse, em outras palavras: “está bem, podem executar a pena, mas primeiro antes de fazê-lo, será que não violaram essa mesma lei”, ou melhor, dizendo, vocês não tem pecado.
Já sabemos o resultado, ninguém se atreveu a aplicar a pena e Jesus ao ver que não estavam os acusadores e a mulher se encontrava sozinha, talvez esperando a pena, e ante a expectativa de todo um povo que estava sendo ensinado por Ele, se permite fazer uma exceção da lei: “Respondeu ela: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu te condeno; vai-te, e não peques mais” (João 8:11). Daí sua afirmação vale para o final da história: “Então Jesus tornou a falar-lhes, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue de modo algum andará em trevas, mas terá a luz da vida.” (João 8:12)
Desta atitude de Jesus podemos chegar a seguinte reflexão:
  1. Se a Moisés se permitiu legislar sobre o adultério e o divórcio, pela dureza do coração do homem, agora, em vista do abuso de que se faz da lei e fazendo ficar mais grave à situação do ser humano, Jesus dá uma exceção por causa do amor e a misericórdia de Deus, a lei não se aplicará.
  2. Jesus em nenhum momento desconheceu a lei, pelo contrário, sempre a teve em conta, mas a mesma dureza do coração do homem a anula e a substitui por uma nova lei: o amor.
Partindo dessa prática de Jesus, a igreja deve tê-la em conta em toda a sua pastoral, seja qual seja o problema que tenha que atender, não somente o divórcio. Daí que este assunto do divórcio é confrontado desde a pastoral de nosso Mestre, que disse: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue de modo algum andará em trevas, mas terá a luz da vida” (João 8:12b).

O CASAMENTO NA TEOLOGIA DE PAULO

As considerações de liberdade, amor, santificação e tempo revelam-se de forma especialmente clara em relação ao casamento.
Na epístola de I Timóteo 4:4, opondo-se àqueles que proíbem o casamento e o uso de certos alimentos, declara Paulo: “pois todas as coisas criadas por Deus são boas, e nada deve ser rejeitado se é recebido com ações de graças”.
Já nessa passagem está evidente que Paulo considerava o casamento como algo bom e não há dúvida dessa realidade. O casamento não é invenção humana, mas deriva-se de Deus, que criou homem e mulher (Efésios 5:31 = Gênesis 2: 24; compare com I Coríntios 6:16). Por ser o casamento fundamentalmente bom, o crente tem plena liberdade para se casar. Além da liberdade, entra também uma outra consideração que deve ser levada em conta aqui: o crente deve casar-se “somente no Senhor”, quer dizer com outro crente? (I Coríntios 7:39).
São interesses da santificação que proíbem o casamento misto. Mas no caso de um de dois cônjuges descrentes se converter, é a mesma consideração que indica a permanência daquele casamento, isto é: a consideração da santificação, que é estritamente relacionada pelo apóstolo.
No casamento, homem e mulher se tornam uma só carne, uma relação cuja natureza é determinada pelo fato de que, em Cristo, os dois constituem um só corpo (Gálatas 3:28I Coríntios 12:13). Assim, num casamento “no Senhor”, cada um procurará edificar o outro, o que governará a relação é o amor mútuo. Esse amor entre homem e mulher serve para ilustrar o amor entre Cristo e a Igreja (Efésios 5:22-33; compare com II Coríntios 11:2), como também estes nos ajuda compreender o amor entre os cônjuges. É o amor de Cristo que determina todo relacionamento num casamento cristão.
Que o casamento seja permanente é a vontade do Senhor (I Coríntios 7:10-11), como também que a prioridade (não superioridade!) do homem seja reconhecida (I Coríntios 11:3, 7-9, 14:34Efésios 5:22Colossenses 3:18I Timóteo 2:11Tito 2:5). No fato dos cônjuges pertencerem um ao outro se reflete o fato de ambos pertencerem a Cristo e, por isso, a esposa deve ser submissa ao marido, e este deve amá-la (Efésios 5:22-33Colossenses 3:19). Pertencer a Cristo determina o uso do corpo. Por isso a imoralidade sexual é incompatível com o casamento cristão (I Coríntios 6:12-20). De várias maneiras, pois, Paulo relaciona a santificação e o amor com o casamento.
Entendemos que o casamento é bom em si e pode até ser necessário para evitar a imoralidade sexual (I Coríntios 7:2-9I Tessalonicenses 4:3-8) e outras tentações que enfrentam o não casado e a viúva (I Timóteo 2:15; 5:13). Aos demais motivos Paulo acrescenta essas razões naturais para uma pessoa dar-se em casamento.
Casamento, não resta dúvida alguma, é, aos olhos de Paulo, bom. Mas até do bom o cristão tem liberdade total de usar ou de não usar.
“Ora, quanto às coisas de que me escrevestes, bom seria que o homem não tocasse em mulher.” (I Coríntios 7:1)
Aqui Paulo até expressa uma preferência pelo estado de solteiro. Que pode ser o motivo dessa preferência?
Certas circunstâncias específicas em que a pessoa se encontra devem ser levadas em conta:
  1. Angustias da situação atual (7:26)
  2. O tempo se abrevia (7:29)
  3. A forma atual deste mundo passa (7:31)
  4. Os casados podem sofrer mais (7:28), sofrimentos que Paulo quer poupar aos leitores (7:32).
  5. Aos não casados podem servir ao Senhor mais integralmente (7:32, 35).
Todas essas considerações podem levar a pessoa a não se casar. Mas para não se casar, a pessoa deve possuir o dom de continência; caso contrário, ela deve se casar e manter as relações sexuais dentro do casamento. (I Coríntios 7:2-9) O casamento, pois, em I Coríntios 7 é encarado como uma concessão, para evitar imoralidade sexual ou o “viver abrasado”.
Agora, já constatamos que, para o apóstolo, o casamento é bom, por isso o cristão desfruta da liberdade plena de casar-se.
E é à luz de todas as declarações positivas da parte do apóstolo que deve ser avaliado seu conselho em I Coríntios 7. O conselho de não se casar só pode se derivar de certas circunstancias específicas. Não se casar à luz da proximidade do Reino, e à luz da nova avaliação que o conhecimento disso traz para a vida temporal. Jesus nos ensina a mesma verdade (Mateus 19:12c). Temos que concluir, portanto, que, para Paulo, o casamento tem valor relativo. Sendo relativo o valor do casamento, o crente deve considerar como pode melhor servir ao Reino, buscar em primeiro lugar o reino (Mateus 6:33).
Finalizando, sabemos que o casamento, conforme Paulo, é bom… mas como todos os bens temporais, seu valor é relativo:
“… que… os casados sejam como se o não fossem.” (I Coríntios 7:29)

CONCLUSÕES

Depois de uma reflexão bíblico-teologica e análises da prática pastoral de Jesus. Chegamos as seguintes conclusões sobre o divórcio:
  1. Seguindo a doutrina protestante, confirmamos que o casamento não é e nem tem caráter sacramental. Cremos que o vínculo do matrimônio é parte do projeto de Deus, total e permanente, criando uma nova realidade e vida no casal.
  2. Em todo o casamento há momentos de crises, portanto, a igreja deve oferecer elementos pastorais para reconstrução e a restauração das relações matrimoniais, mediante de um pastoral familiar. Se tem que enfatizar que a fé e o amor devem ser a base e o sustento de todo a relação matrimonial.
  3. O adultério ou fornicação cometida depois de um contrato, sendo descoberto antes do casamento, dá à parte inocente justo motivo de dissolver o contrato; no caso de adultério depois do casamento, à parte inocente é lícito propor divórcio, e depois de obter o divórcio casar com outrem, como se a parte infiel fosse morta. Mateus 1:18-20Mateus 5:31-32, e Mateus 19:9.
  4. Posto que a corrupção do homem seja tal que o incline a procurar argumentos a fim de indevidamente separar aqueles que Deus uniu em matrimônio, contudo só é causa suficiente para dissolver os laços do matrimônio o adultério ou uma deserção tão obstinada que não possa ser remediada nem pela Igreja nem pelo magistrado civil; para a dissolução do matrimônio é necessário haver um processo público e regular. Não se devendo deixar ao arbítrio e discrição das partes o decidirem seu próprio caso. Mateus 19:6-8I Coríntios 7:15Deuteronômio 24:1-4Esdras 10:3CFW 24:5, 6.
Segundo a teologia de Paulo, o casamento tem seu valor relativo, assim como todos os bens temporais. E o que é o mais contundente é que o apóstolo não faz alusão alguma à lei judaica sobre o casamento, mas usa o princípio de amor mútuo entre os cônjuges, figurando assim o amor de Cristo pela Igreja.
Relacionando o ser uma só carne. O casamento, segundo Paulo, vale mais para se manter uma vida santificada, sem imoralidades sexuais ou masturbações.
Considerando ainda vários pensamentos e teorias distintas sobre esse tema, nos quais respeito muito, levanto outras considerações:
  1. Aquele que se divorcia e não casa novamente, porém tem uma vida casta, não está em pecado. I Coríntios 7:11 “Se, porém, se apartar, que fique sem casar, ou se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher”.
  2. Aquele que se divorcia e casa novamente comete pecado de adultério, uma só vez, portanto não vive em pecado, obviamente se tudo tiver sido feito segundo os tramites legais de cada país e principalmente se houve arrependimento diante do Senhor. Mateus 19: 9 “Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de infidelidade, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério”. Marcos 10:11 “Ao que lhes respondeu: Qualquer que repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério contra ela; 12 e se ela repudiar seu marido e casar com outro, comete adultério”.
  3. Aquele que escolheu não casar-se não está em pecado e pode ser um pastor. I Coríntios 7:32 “Pois quero que estejais livres de cuidado. Quem não é casado cuida das coisas do Senhor, em como há de agradar ao Senhor”.
  4. Se há perdão para o adúltero, levando em conta que Deus não nos imputa mais os pecados dantes cometidos, sim poderá ser pastor.
  5. Todos os pecados cometidos pelos homens são perdoados por Deus, sendo adultério, fornicação, mentira, odiar ao irmão (homicídio), impurezas sexuais (pornografias, cobiça masturbação, etc.), amor ao dinheiro; exceto blasfêmia contra o Espírito Santo, ficando sem mancha do passado.
Marcos 3:29 “Mas aquele que blasfemar contra o Espírito Santo, nunca mais terá perdão, mas será réu de pecado eterno”.
Mateus 12:32 “Se alguém disser alguma palavra contra o Filho do homem, isso lhe será perdoado; mas se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste mundo, nem no vindouro”.
Tiago 2:11 “Porque o mesmo que disse: Não adulterarás, também disse: Não matarás. Ora, se não cometes adultério, mas és homicida, te hás tornado transgressor da lei”.
Jeremias 31:34 “E não ensinarão mais cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhecei ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até o maior, diz o Senhor; pois lhes perdoarei a sua iniqüidade, e não me lembrarei mais dos seus pecados”.
Salmos 85:2 “Perdoaste a iniqüidade do teu povo; cobriste todos os seus pecados”.
Isaías 1:18 “Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor: ainda que os vossos pecados são como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que são vermelhos como o carmesim, tornar-se-ão como a lã”.
Isaías 43:25 “Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados não me lembro”.
Jeremias 31:34 “E não ensinarão mais cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhecei ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até o maior, diz o Senhor; pois lhes perdoarei a sua iniqüidade, e não me lembrarei mais dos seus pecados”.
Romanos 3:9 “Pois quê? Somos melhores do que eles? De maneira nenhuma, pois já demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado";
Romanos 5:20 "Sobreveio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça;
Colossenses 1:14 em quem temos a redenção, a saber, a remissão dos pecados”.
I João 1:9 “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”.
  1. Deus nos chamou para vivermos em paz, não devemos permitir que nenhum homem coloque fardo sobre nós, pois Cristo nos tirou da maldição da Lei.
I Coríntios 7:23 “Por preço fostes comprados; mas vos façais escravos de homens”.
Romanos 8:15 “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes com temor, mas recebestes o espírito de adoção, pelo qual clamamos: Aba, Pai!”
I Coríntios 7:22 “Pois aquele que foi chamado no Senhor, mesmo sendo escravo, é um liberto do Senhor; e assim também o que foi chamado sendo livre, escravo é de Cristo”.
Gálatas 2:4 “E isto por causa dos falsos irmãos intrusos, os quais furtivamente entraram a espiar a nossa liberdade, que temos em Cristo Jesus, para nos escravizar”.
Gálatas 5:1 “Para a liberdade Cristo nos libertou; permanecei, pois, firmes e não vos dobreis novamente a um jogo de escravidão”.
Posto que a corrupção do homem seja tal que o incline a procurar argumentos a fim de indevidamente separar aqueles que Deus uniu em matrimônio, contudo só é causa suficiente para dissolver os laços do matrimônio o adultério ou uma deserção tão obstinada que não possa ser remediada nem pela Igreja nem pelo magistrado civil; para a dissolução do matrimônio é necessário haver um processo público e regular. Não se devendo deixar ao arbítrio e discrição das partes o decidirem seu próprio caso (Mateus 19:6-8I Coríntios 7:15Deuteronômio 24:1-4Esdras 10:3), CFW 24:5, 6.
Márcio Rodrigues


Extraído de: Divórcio e Recasamento (Márcio Rodrigues) http://teophilo.info/guests/marciodivreca.htm#ixzz2177qCcYY
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives

Nenhum comentário:

Postar um comentário