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Como discipular ex-adeptos de seitas




Publicado em 11/23/2001
Wagner S. Cunha 
Desilusão, angustia, perda da confiança em si mesmo, medo de voltar ao estilo de vida anterior ao do envolvimento com a seita, tensão, incerteza, crise de identidade, falta de rumo, etc. Estas são as companhias constantes de quem abandona uma seita herética. Muitos se descrevem como "arrasados, mutilados"; outros dez anos após terem deixado o grupo ainda permanecem nesse estado. Alguns partem para novas experiências religiosas em busca da "única igreja verdadeira", vão de igreja em igreja, decepção seguida de decepção. Ainda há aqueles que tentam recuperar o tempo perdido e passam a dispensar maior atenção as relações familiares, ao emprego, aos estudos, enquanto deixam Deus de fora de suas vidas. A Dra. Margaret Thater Singer, como resultado de uma pesquisa intensa feita com 3000 mil ex-sectáristas observou entre eles: "casos significantes de depressão, solidão, ansiedade, baixa auto-estima, superdependência, confusão, inabilidade para se concentrar, psicoses"(1) .

Isso tudo é conseqüência de se ter estado associado a uma seita destrutiva que abusa emocional e espiritualmente do indivíduo. Steve Hassan, autor de "Combatendo o Controle Mental das Seitas"(2) , faz uma lista de quatro marcas básicas do controle mental exercido pelas seitas:

Controle Emocional

A chave deste controle esta no temor e na culpa, também chamado de "inculcação" de fobias . O membro da seita desenvolve a paranóia de que Satanás esta a espreita para caçar-lhe se em qualquer momento questionar a organização religiosa ou por alguma razão, a abandone, ...Ele e sua família morreriam de forma horrível se afastarem.

Controle de Conduta

É reforçado aos membros toda classe de regras peculiares, normas sobre vestimentas e outras coisas não especificadas na Palavra de Deus. Novos modelos de comportamento são apresentados, como as visitas de porta a porta, a assistência a varias reuniões semanais, novas atitudes para com os dissidentes e na seqüência, o ensinam que ele é perseguido por suas crenças.

Controle de Pensamento

Emprega-se uma linguagem carregada de termos peculiares do grupo, tais como: novo sistema, teocrático, organização de Deus, a verdade, apostatas. Tudo é branco ou negro; a entidade é boa e todas as demais são do Diabo. Existem respostas para todas as tuas perguntas, pois assim o membro não necessita pensar por sua própria conta.

Controle de Informação

Aos membros é proibido qualquer acesso a informação critica sobre o movimento. O membro sempre esta ocupado lendo suas próprias literaturas e assistindo a reuniões. Dentro da estrutura piramidal do movimento existem diversos níveis de conhecimento. Também são escondidas informações dos que estão fora, de maneira que eles tenham publicamente uma imagem benigna.

Muitos por desconhecerem estes aspecto das seitas acham que os ex-sectaristas sofrem inteiramente de problemas espirituais e nada mais. Pessoas que fizeram parte de uma seita têm problemas e necessidades especiais. Umas das dificuldades é que encontram má compreensão e invariavelmente estigma, na comunidade evangélica. Os apologistas Ronald M. Enroth e J. Gordon Melton, lançaram um grande desafio em um de seus excelentes livros: "Nós desafiamos os cristãos para estenderem companheirismo e amizade para esta nova minoria os ex-sectaristas"(3) .

A grande maioria daqueles que saem de uma seita sofrem enormes privações. Isso implica no fato que temos o dever moral de ajudá-los, não somente levando-os a Jesus Cristo, mas dando-lhes assistência no que for necessário para que reestruturem suas vidas. Nos últimos anos houve um crescente crescimento da apologética em nosso país, vários livros foram lançados expondo o erro religioso e defendendo magistralmente a verdade, porém a igreja cristã permanece apática na sua compreensão dos afeitos danosos que o envolvimento com grupos pseudos-cristãos traz ao indivíduo e a sociedade como um todo, sem contar naqueles que chegam feridos em nossas igrejas e permanecem com várias seqüelas por causa de seu anterior envolvimento sectário. Eles carecem de um envolvimento intenso e relacional com cristãos maduros que os oriente não somente a abandonar falsos ensinos e aprender as verdades bíblicas, e essencialmente o amor incondicional do Salvador.

Em junho de 1980 cristão de vários países se reuniram em Pattaya, Tailândia, sob o patrocínio da comissão de Lausanne para a Evangelização Mundial afim de tratar de questões pertinentes a obra de evangelização mundial. Um dos temas pulsantes desse congresso foi a "Mini Consulta para a Evangelização de Místicos e Sectaristas"(4). Na ocasião foram dadas preciosas instruções sobre o aconselhamento de pessoas que fizeram parte de uma seita. Seguem abaixo algumas sugestões (com adaptações) apresentadas naquele encontro que são vitais àqueles que desejam ajudar um ex-sectarista:

"Acompanhamento: Freqüentemente, os que abandonam uma seita religiosa são muito desconfiados e assustados. Eles precisam de muito de segurança e de compreensão. Ele precisa ser abordado com gentileza amor e respeito. O anterior grupo e seus líderes não devem serem escarnecidos ou atacados. Isso provocaria uma atitude defensiva. É essencial descobrir por que ele (ou ela) se uniram ao grupo. Pode haver muitas razões. Estimule-o a falar sobre isso. O calor e a aceitação pessoal, por um lado e o espírito de oração no intuito de triunfar no conflito espiritual, por outro lado são os fatores chaves. São mais importante que a lógica e a argumentação(5). Entretanto , é necessário ter um bom conhecimento dos ensinamentos do grupo, e ser capaz de questioná-los polidamente, porém com firmeza, com base na Palavra de Deus. Pode ser importante insistir várias vezes sobre alguns pontos simples, quando ex-sectarista se mostrar confuso. Cuidado para não manipular ou fazer ameaças! Enquanto oramos e alimentamos a esperança de que ele posso estar desenvolvendo a cada dia seu relacionamento com Jesus Cristo, precisamos tomar cuidado para não tirarmos vantagem de seu estado de confusão mental. Nossa primeira responsabilidade é encorajá-lo e ajudá-lo a entender tudo que passou e a libertar-se dos traumas oriundos de sua anterior experiência religiosa. Do contrário, estaremos sendo culpados de violar sua personalidade, exatamente como fez o grupo aliciante.

A tarefa de assumir a "paternidade espiritual" (o cuidado) pode ser extremamente exigente. Requer tempo, paciência, recursos emocionais e energia espiritual. É preciso lutar em oração! Incentive-o na leitura da Bíblia (Hebreus 4:12). Ponha-o em contato com outros que tem o mesmo transfondo religioso e que experimentaram a Graça irresistível de Deus em suas vidas."

Pode-se levar meses ou até anos para a recuperação total de um ex-sectarista. Porém, é extremamente gratificante ver cada dia o progresso deles na fé e a cada momento conhecendo mais da amabilidade, misericórdia e fidelidade de Deus em suas vidas. (Êxodo 34:6), entendendo assim que a Graça de Deus é suficiente para a cura de feridas e traumas passados.

NOTAS


  1. "Coming Out the Cults", Psychology Today, Aug.1984, p.27.

  2. "Combatting Cult Mind Control, (Park Street Press, 1988).

  3. "Why Cults Succed Where the Church Fails - Elgin. III: Brethren Press, 1985, pg. 98, 99

  4. O relatório completo sobre esta "mini consulta" foi editado no Brasil em 1984, com o titulo de "O Desafio das Novas Religiões" (Ed. ABU e Visão Mundial) 

  5. Harold L. Busséll em seu excelente "Unholy Devotion" ( 1983, Zondervan Corporation) diz que a maioria das pessoas são atraídas pelas seitas por fatores psicossociológicos não tanto pela doutrina


O Livro de Mórmon Hoje




Publicado em 12/1/2000
Wesley P. Walters
Institute For Religious Research

http://www.irr.org/mit/portuguese/portpage.html

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Ultimos Dias foi fundada com base nos ensinamentos do Livro de Mórmon, e a maravilhosa história de sua traduçao, por Joseph Smith, a partir das "placas douradas", tem sido o ponto de principal atraçao do proselitismo Mórmon. Mas hoje, passados muitos anos desde que disseram que o Livro de Mórmon viera para restaurar as verdades fundamentais do Cristianismo, os líderes mórmons ainda crêem em suas declaraçoes doutrinárias?

O Livro de Mórmon e a Doutrina Mórmon Contemporânea

O Livro de Mórmon ensina, por exemplo, que: 


  1. há um único Deus
  2. o qual é Espírito, e 
  3. é imutável de eternidade a eternidade 

(Alma 11:26-31; 2 Nefi 31:21; Mórmon 9:9-11,19; Moroni 7:22; 8:18)

Hoje em dia a doutrina Mórmon, contrariamente, ensina que: 

há três deuses separados responsáveis pelo nosso planeta, dois deles têm corpos, outrora foram homens, e conquistaram o direito de se tornarem deuses através da fiel obediência ao evangelho Mórmon. Mórmons agora também acreditam que há milhoes e milhoes destes deuses, cada qual tendo obtido natureza divina e criado planetas a serem regidos por eles. Homens mórmons esperam tornarem-se deuses eles mesmos, para entao formarem e povoarem seus próprios mundos, com a cooperaçao de suas esposas.

Joseph Smith, que originalmente ditou as palavras do Livro de Mórmon, mais tarde rejeitou seu ensinamento de que Deus é "imutável de eternidade a eternidade" (Moroni 8:18). Próximo do fim de sua vida, como relatado em Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, ele anunciou: "nós temos imaginado e suposto que Deus era Deus desde toda a eternidade. Eu irei refutar esta idéia... Ele uma vez já foi homem como nós" (p. 336). Os atuais deuses mórmons, portanto, sao muitos, em vez de um só como criam antes, nao sao espírito e nao sao imutáveis como o próprio Livro de Mórmon ensina.

Além disso, o Livro de Mórmon insiste, plagiando o que já está na Bíblia, que toda a humanidade tenha que nascer outra vez , isto é, eles precisam ser mudados de seu estado carnal e decaído , caso contrário eles nao poder o de modo algum herdar o Reino de Deus . O livro proclama ainda uma necessidade de tornar-se uma nova criatura por ter nascido espiritualmente de Deus e por ter experimentado essa poderosa mudança em seus coraçoes (Mosíah 27:24-28; Alma 5:14, ênfase adicionada). No entanto, o mormonismo moderno passou a enfatizar que o batismo na água feito pela igreja Mórmon é indispensável para receber o novo nascimento, o que é totalmente inaceitável do ponto de vista bíblico. Ninguém pode nascer de novo sem batismo (McConkie, Mormon Doctrine, p. 101). No próprio Livro de Mórmon, entretanto, o batismo é desnecessário para crianças e para Gentios ( os que estao sem lei ) porque para tal é inútil o batismo (Moroni 8:11-13, 20-22).

Novamente, o Livro de Mórmon declara que há somente dois destinos para a humanidade: felicidade eterna ou miséria eterna. Aqueles que morrem rejeitando Cristo recebem tormento eterno, sem uma segunda chance após a morte. Eles sao "lançados no fogo, de onde eles nao retornam" e " vao para um lugar preparado para eles, o lago de fogo (3 Nefi 27:11-17; Mosíah 3:24-27; 2 Nefi 28:22-23; Alma 34:32-35). Ao contrário de tudo isso, o Mormonismo de hoje passou a crer que qualquer um pode usufruir de algum nível de glória, e que aqueles que já morreram podem ser resgatados da "prisao" quando os vivos realizam batismos por procuraçao em favor deles.

Deste modo, o próprio Livro de Mórmon ensina haver muito pouco suporte para as pincipais doutrinas Mórmons correntes. Muitas outras mudanças doutrinárias importantes envolvendo a natureza de Deus, oraçao, poligamia, autoridade etc. precisam ser discutidas aqui, mas o espaço é limitado.*

Um Produto Do Século XIX?

Enquanto os líderes Mórmons d o limitada atençao - teologia do Livro de Mórmon, seus próprios intelectuais têm tentado empregar a arqueologia americana para atribuir ao livro a aparência de uma antiguidade genuína. Seus esforços têm sido tao entusiastas que a Smithsonian Institution (seríssima instituiçao científica norte-americana) achou necessário fazer um pronunciamento afirmando que o livro nao tem valor arqueológico.

Tentativas dos Mórmons em estabelecer seu Livro como uma produçao antiga nao tem tido grande peso diante do amontoado de evidencias de que se trata realmente de uma peça de ficçao do século XIX. Dois importantes estudos apóiam essa origem humana.

As Proprias Descobertas De Uma Autoridade Geral Mormon

O primeiro deles consiste de dois manuscritos escritos por volta de 1922 pela Autoridade Geral Mórmon e apologista Brigham H. Roberts. É surpreendente saber que este defensor da fé Mórmon argumentava implacavelmente que Joseph Smith teria sido, ele mesmo, o autor do Livro de Mórmon. A família de Roberts tem agora permitido exames sérios destes dois manuscritos que têm estado em sua posse desde sua morte em 1933. Eles têm sido publicados por inteectuais Mórmons num livro intitulado Studies of the Book of Mormon (University of Illinois Press, 1985).

Roberts aborda quatro pontos principais num estudo de 375 páginas. Ele observa em seu primeiro manuscrito, "Book of Mormon Difficulties" (Dificuldades do Livro de Mórmon), que o relato do livro sobre os antigos Americanos está em conflito com o que é conhecido sobre eles a partir de recentes investigaçoes científicas. O Livro de Mórmon os representa como pertencendo a uma cultura da Idade do Ferro, enquanto a arqueologia tem mostrado que eles haviam avançado apenas para a Idade da Pedra Polida quando da chegada do homem branco" (Studies, pp. 107-112).

A situaçao, ele descobriu, complicou-se mais ainda pelo fato do Livro de Mórmon declarar que os primeiros colonos chegaram ao Novo Mundo quando ele era inabitado. Os Jareditas vieram para aquela parte onde o homem nunca tinha estado (Eter 2:5) e lutaram entre si até a sua extinçao. Os Nefitas igualmente vieram para uma terra escolhida entre todas as outras (2 Nefi 1:5-11). Já que a chegada do último grupo é dita como tendo sido em mais ou menos 600 d.C., nao haveria tempo suficiente para o desenvolvimento dos 169 ramos conhecidos de linguagem no Novo Mundo, cada um deles com vários dialetos. Roberts confessou nao possuir quaisquer respostas para tantas discrepâncias. "Os mais recentes comentaristas autorizados", ele disse, "deixa-nos, tanto quanto eu posso ver no momento, sem base para qualquer apelaçao ou defesa — o novo conhecimento parece estar contra nós (Studies, p. 143). Até hoje a Arqueologia atual nao tem descoberto nada que contrarie as colocaçoes de Roberts.

Havendo mostrado que o livro está em desacordo com o conhecimento científico recente, Roberts apresenta em seu segundo manuscrito, "Um Estudo do Livro de Mórmon", que o livro combina com o conhecimento comum, aquilo que comumente se acreditava, no começo do século dezenove, sobre os aborígenes americanos. Esta crença incluía muitas idéias erradas de que ndios seriam descendentes das Tribos Perdidas de Israel e que eles teriam desenvolvido, em algum momento no passado, um alto grau de civilizaçao.

Este conhecimento comum foi bem sintetizado, quase na forma de um livro de bolso , num livro do Reverendo Ethan Smith. Este trabalho, View of the Hebrews (Uma Visao sobre os Hebreus), estava impresso em sua segunda e ampliada ediçao cinco anos antes do Livro de Mórmon ser publicado. Além disso, foi publicado na mesma cidade pequena onde Oliver Cowdery vivia. Cowdery era um primo de Joseph Smith Jr. e seu assistente na produçao do Livro de Mórmon. Numa análise ao longo de aproximadamente 100 páginas, Roberts mostra que o livro de Ethan Smith contém praticamente a "base do plano" do Livro de Mórmon (Studies, p. 240; 151-242), indicando que Joseph Smith plagiara a história fictícia de Ethan, nao sendo, portanto, a revelaçao de um anjo.

Ambos os livros apresentam os nativos da América como Hebreus que vieram do Velho Mundo. Os dois alegam ter havido uma parte desmembrada do grupo civilizado e que se degenerou para uma condiçao selvagem. A porçao selvagem teria destruído completamente a única civilizada após longas e terríveis guerras. Ambos os livros atribuem ao ramo civilizado uma cultura da Idade do Ferro. Os dois representam estes colonizadores do Novo Mundo como outrora havendo tido um Livro de Deus, uma compreensao do evangelho e a figura de um messias branco que os havia visitado. Ambos consideram os Gentios Americanos como tendo sido escolhidos por profecia para pregar o evangelho aos ndios que eram remanescentes dos antigos Hebreus Americanos. Roberts, causando preocupaçao a seus próprios colegas mórmons, faz perguntas inc"modas concernentes a este e outros paralelos que ele encontrou: Pode tao numerosos e surpreendentes pontos de semelhança e sugestivo contato ser mera coincidêcia? (Studies, p. 242).

Como seu terceiro ponto principal, Roberts estabelece o fato (usando exclusivamente fontes Mórmons) de que Joseph Smith tinha imaginaçao suficiente para ter produzido o Livro de Mórmon. Ele descreve a criatividade de Smith como sendo tao forte e variada quanto a de Shakespeare, e nao deve ser dado a suas histórias mais crédito do que o que pode ser dado -s do bardo inglês (Studies, p. 244).

Roberts fundamenta sua tese sobre a origem humana do Livro de Mormon com uma discussao de 115 páginas sobre erros resultantes da mente nao-treinada, contudo criativa, de Joseph Smith. Roberts aponta para a impossibilidade da jornada de três dias de Lehi de Jerusalém até a costa do Mar Vermelho uma viagem de 170 milhas a pé, com mulheres e crianças junto. Ele cita seu desembarque na América, a terra escolhida entre todas as outras, onde eles inexplicavelmente encontraram animais domesticados — "vacas, bois, asnos, cavalos, cabras, cabras monteses" (1 Nefi 18:25). Roberts encontra uma repetiçao amadorística do mesmo enredo da história, mudando apenas os personagens. O Livro, ele chama a atençao, tenta exceder os milagres da Bíblia e apresenta algumas incríveis cenas de batalhas. Em um momento, 2060 adolescentes lutaram em guerras por um período de mais de 4 a 5 anos sem que nenhum deles tenha sido morto (Alma 56-58). Isto levou Roberts a perguntar:

"Tudo isto é uma história coerente... ou trata-se de um conto maravilhoso de uma mente imatura, inconsciente do quanto ele está exigindo da credulidade humana quando pede que homens aceitem sua narrativa como uma história verídica?" (Studies, p. 283).

A questao surge para nao ter nenhuma resposta. Roberts também mostra qu o típicos do reavivalismo da época de Smith sao os desmaios e transes religiosos encontrados repetidas vezes no Livro de Mórmon. Neste ponto o manuscrito de Roberts cessa, mas nao antes de nos tornar conscientes de como o Livro de Mórmon depende da cultura e da forma de pensamento da época em que foi escrito no que diz respeito ao conteúdo e estilo (Studies, p. 308).

A Biblia Na Versao King James (Rei Tiago) Plagiada

Logo a seguir, bem nos calcanhares da análise de Roberts, há um estudo de H. Michael Marquardt, demonstrando, através de evidência muito forte, que a Bíblia na versao do Rei Tiago (uma das traduçoes mais bem aceitas e usadas em inglês) foi usada na composiçao do Livro de Mórmon.

Marquardt mostra que a parte do Livro de Mórmon que supostamente teria sido escrita durante o período do Velho Testamento é literalmente temperada com frases e citaçoes da traduçao do Rei Tiago do Novo Testamento (ele lista 200 exemplos). Até as profecias que aparecem nesta parte apresentam as mesmas palavras que sao usadas no Novo Testamento da Bíblia. Eis alguns dos muitos paralelos, indicando plágio: Jo o Batista, por exemplo, é predito para vir e preparar o caminho para Um que é mais poderoso do que eu (1 Nefi 10:8/Lucas 3:16), de quem nao sou digno de desatar a correia dos sapatos (1 Nefi 10:8/Jo o 1:27). Semelhantemente, haverá um rebanho e um Pastor (1 Nefi 22:25/Jo o 10:16) e uma fé e um batismo (Mosíah 18:21/Efésios 4:5).

E mais, a vida e o ministério de Alma no período do Velho Testamento do Livro de Mórmon sao virtualmente uma cópia da vida do apóstolo Paulo. Até as mesmas express es tipicamente paulinas sao encontrados nos lábios de Alma: fé, esperança e caridade (Alma 7:24/1 Coríntios 13:13), o poder de Cristo para a salvaçao (Alma 15:6/Romanos 1:16), sem Deus no mundo (Alma 41:11/Efésios 2:12) etc.

Desarmonia Biblica

Os que crêem no Livro de Mórmon têm tentado justificar tais anacronismos dizendo que, em traduçoes, quando a frase era suficientemente parecida com uma da Bíblia em inglês, Smith simplesmente empregou a frase bíblica familiar. Esta explicaçao nao justifica, já que nao sao usadas apenas frases do Novo Testamento, mas em muitas instâncias a interpretaçao neotestamentária da parte do livro de Mórmon dita como sendo do tempo do Velho Testamento é também adotada e, ainda, aumentada.

Por exemplo, além da interpretaçao do Novo Testamento colocando Melquisedeque como um tipo de Cristo ter sido adotada, ainda foi aumentada, na porçao do Velho Testamento do Livro de Mórmon, para incluir uma ordem inteira de sacerdotes depois da ordem de seu Filho , e uma explicaçao foi adicionada sobre porque Melquisedeque foi chamado Rei de Justiça e Rei de Paz (Alma 12 & 13; cf. Heb. 7:2). Dessa forma, o material do Novo Testamento tem se tornado parte integrante do texto do Livro de Mórmon. Os conceitos do Novo Testamento, e nao somente frases ocasionais, tem sido transportados para dentro da parte do Livro de Mórmon correspondente ao Velho Testamento. Como resultado, isso nao é um caso de desdobramento gradual de doutrina como encontramos na Bíblia. No Livro de Mórmon, o Cristianismo é conhecido e maduro já desde a construçao da Torre de Babel.

Mais ainda, o Livro de Mórmon ocasionalmente comete erros graves em seu uso do material bíblico. Na Bíblia, por exemplo, em Atos 3:22 Pedro faz uma paráfrase das palavras ditas por Moisés em Deuteronômio 18:15,18. Contudo, no Livro de Mórmon, em 1 Nefi 22:20, as palavras de Pedro sao equivocadamente referidas como palavras literais de Moisés, parecendo indicar que alguém copiou o trecho de Atos para a parte do Livro de Mórmon que dizem ter sido escrita na época do Velho Testamento, em vez de copiar o trecho de Deuteronômio. O provável copista, que nao conhecia a Bíblia tao bem quanto pensava e sem se preocupar em averiguar se os termos usados por Pedro eram exatamente aqueles ditos por Moisés em Deuteronômio, acabou por comprometer a chance que ele queria de fazer com que os leitores acreditassem que aquela parte do Livro de Mórmon seria uma escritura original, antiga, do tempo do Velho Testamento. Do mesmo jeito, as palavras de Malaquias 4:1, na Bíblia, aparecem em 1 Nefi 22:15, no Livro de Mórmon. Só que, de acordo com os mórmons, 1 Nefi teria sido escrito numa época mais de cem anos anterior - que Malaquias teria escrito seu livro bíblico, o que aponta para mais um caso em que o escritor do Livro de Mórmon teria copiado textos da Bíblia e que a data atribuída pelos mórmons a 1 Nefi nao pode ser verdadeira.

Na segunda parte de seu estudo, Marquardt aponta outro material recente, o qual foi usado no Livro de Mórmon. Uma variedade do patriotismo americano da Nova Inglaterra e a manifestaçao anti-Maçônica ocorrida próxima - casa de Smith em 1827 sao fatos contemporâneos que curiosamente parecem ter influenciado a redaçao do Livro, embora os Mórmons insistam em atribuir ao mesmo uma origem antiga.

Mais evidentes ainda sao os eventos da própria vida de Smith incluídos em seu trabalho. Martin Harris, uma testemunha do Livro de Mórmon, fez uma visita a intelectuais na cidade de Nova Iorque para checar a habilidade de traduçao de Smith. Tal visita aparece no Livro de Mórmon como uma prediçao, porém já foi provado que ela só foi realmente escrita no Livro depois de Martin retornar de sua viagem. E Smith adicionou uma profecia sobre ele mesmo como tendo sido chamado para ser o tradutor dos registros Mórmons (2 Nefi 3:11-15). Qu o fácil é fazer profecias depois do evento já haver acontecido.

O Golpe Final

Talvez mais prejudicial de tudo seja a maneira como o Livro de Mórmon confunde a Velha e a Nova Aliança. O livro enfatiza que antes da vinda de Cristo os fiéis guardavam a lei de Moisés, mas também estabeleciam igrejas, ensinavam e praticavam o batismo cristao e agiam de acordo com doutrinas e eventos do Novo Testamento ( 2 Nefi 9:23 e Mosíah 18:17). Ora, é bíblica e historicamente comprovado que o conceito de igreja foi trazido por Jesus, e só faz sentido com Ele, já que a igreja é o corpo de Cristo e Ele é o Cabeça. As primeiras igrejas foram fundadas pelos apóstolos, e isso nao existia no Velho Testamento. O desdobramento gradual dos temas teológicos tao evidentes na Bíblia estao completamente ausentes no Livro de Mórmon. Na Bíblia a Velha Aliança é tirada para estabelecer a Nova Aliança (Hebreus 10:9). O Livro de Mórmon rompe esta ordem divina e mistura as alianças e suas ordenanças. O livro também usa linguajar típico do reavivalismo protestante e idéias contemporâneas da época de Smith. Tudo isso faz com que o Livro de Mórmon seja visto como se fosse portador de uma mensagem mais simples e mais contextualizada do que a Bíblia, mas somente para alguém que tem quase nenhum ou nenhum conhecimento das Sagradas Escrituras de Deus.

Entretanto, um exame cuidadoso deste Livro de Mórmon, cuja teologia tem sido, em grande parte, negligenciada pela própria Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Ultimos Dias, prova que realmente é uma peça de ficçao sobre os primórdios da América. Através dos textos tomados emprestados da Bíblia e do material contemporâneo, e sua imitaçao do estilo de linguagem da Bíblia King James, contituiu-se num poderoso atrativo para os sedentos de novidades em religi o daquele tempo. Uma avaliaçao cuidadosa, no entanto, mostra claramente que nao é, em nenhum sentido, uma revelaçao autêntica de Deus.

Wesley P. Walters

http://www.irr.org/mit/portuguese/portpage.html

EXORCISMO - As forças do mal em foco



Publicado em 9/24/2001
Elvis Brassaroto Aleix
Revista Defesa da Fé
Depois de quase três décadas, o filme "O exorcista" (pioneiro do gênero de exaltação às forças do mal e assistido por milhões de pessoas) retorna às telas dos cinemas brasileiros. Nos EUA, na primeira semana de exibição da nova versão desse trabalho, o faturamento girou em torno de U$8,5 milhões. Qual a razão de tamanho sucesso e interesse por esse filme 27 anos depois de sua exibição original? A grande atração seriam os onze minutos de imagens cortadas em sua primeira edição. Um outro motivo seria o forte interesse das pessoas, por mais materialistas que sejam, por temas religiosos e proposições de fé.

Exorcismo, ato de esconjurar ou expelir demônios, é encontrado em várias passagens bíblicas.

Na época em que o cristianismo se expandia, existiam alguns judeus que praticavam o exorcismo como profissão. Durante os dois anos em que o apóstolo Paulo esteve na Ásia pregando o evangelho aos judeus e aos gregos, foram notórias as extraordinárias obras que Deus fez através das suas mãos. Os seus lenços e aventais eram levados aos enfermos e as enfermidades fugiam dos doentes; os espíritos malignos saíam. Admirados por tal proeza, "alguns dos exorcistas judeus ambulantes tentavam invocar o nome do Senhor Jesus sobre os que tinham espíritos malignos, dizendo: Esconjuro-vos por Jesus a quem Paulo prega. E os que faziam isto eram os sete filhos de Ceva, judeu, principal dos sacerdotes. Respondendo, porém, o espírito maligno disse: "Conheço a Jesus, e bem sei quem é Paulo; mas vós quem sois? E, saltando neles o homem que tinha o espírito maligno, e assenhorando-se de todos, pôde mais do que eles; de tal maneira que, nus e feridos, fugiram daquela casa".

Por causa desse acontecimento veio grande temor sobre todos os habitantes de Éfeso, os feiticeiros queimaram seus livros de magia publicamente, o nome do Senhor Jesus foi engrandecido e a Palavra de Deus cresceu e prevaleceu poderosamente (At 19.13-20).

No tempo de Jesus não havia muitos critérios para que fosse atribuída a uma pessoa possessão demoníaca. João Batista, precursor de Jesus, era tido como possesso: "Porquanto veio João, não comendo nem bebendo, e dizem: Tem demônio" (Mt 11.18).
Quando Jesus acusou os judeus de procurar matá-lo, "a multidão respondeu, e disse: Tens demônio; quem procura matar-te?" (Jo 7.20). Ao discursar sobre a parábola do Bom Pastor que dá a vida pelas suas ovelhas, as palavras de Cristo causaram divisão entre os judeus: "E muitos deles diziam: Tem demônio, e está fora de si; por que o ouvis? Diziam outros: Estas palavras não são de endemoninhado. Pode, porventura, um demônio abrir os olhos aos cegos? (Jo 10. 20-21).

As fórmulas mágicas de Roma

A igreja católica romana reivindica, através da autoridade eclesiástica, ser o canal exclusivo de libertação em casos de possessão demoníaca. No catolicismo, "o exorcismo propria-mente dito é reservado aos sacerdotes especialmente designados pelo Bispo diocesano" 3 . Ninguém pode legitimamente fazer exorcismo em possessos a não ser que tenha obtido licença especial e expressa do Ordinário local"4 .

Temos na obra "Manual do exorcista" 

- um pequeno compêndio elaborado pelo Sumo Pontífice León Magno III

- orações contra toda espécie de encantamentos; de sortilégios a possessões. "Estas preces foram organizadas para serem entregues ao imperador Carlos Magno, com o intuito de se utilizar no combate às interferências espirituais malignas que pretendessem envolvê-lo" 5. Segundo o papa, essas orações fariam que o poder do imperador fosse ilimitado na terra.

Um meio pelo qual se podia valer o exorcista para a realização do ritual era o uso de água benta salpicada nas partes mais afetadas pelo demônio. Se o possuído apresentava o perigo de atacar alguém, era amarrado. O ritual empreendia muitas conjurações, dentre as quais destacamos algumas:

"Deus, a majestade de Cristo, o Espírito Santo, o Sacramento da cruz, a fé dos apóstolos Pedro e Paulo e os demais santos, o sangue dos mártires, a intervenção dos santos e das santas, os mistérios da fé cristã, ordenadamente a obedecer. Saia, violador da lei; saia, sedutor cheio de astúcia e de engano, inimigo da virtude, perseguidor dos inocentes, ceda teu espaço, crudelíssimo, cede-o, imundo; cede-o para Cristo, a quem não pode chegar, pois ele te despojou e te tirou do teu reino, e te encarcerou depois de tê-lo vencido e atirado para as trevas exteriores, onde os mortos esperam a ti e os teus companheiros"6 .

A arrogante detenção exclusivista do poder de exorcismo também foi abrogada pelos discípulos íntimos de Jesus, assim relatadas nas palavras de João: "Mestre, vimos um que em teu nome expulsava demônios, o qual não nos segue; e nós lho proibimos, porque não nos segue. Jesus, porém, disse não lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em meu nome e possa logo falar mal de mim. Porque quem não é contra nós, é por nós" (Jo 9.38-40, grifo do autor).

Embora a autoridade conferida ao exorcista por meio do nome de Jesus seja um notável sinal de poder, isso não lhe garante entrada no reino de Deus: "Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade" (Mt 7.22-23, grifo do autor).

A autenticidade da libertação do possesso está fincada na eficácia que há no nome de Jesus, conforme é inferido nos quatro evangelhos. Jesus nunca ensinou a evocar nomes de santas ou santos para este propósito. Paulo e Pedro nunca mencionaram nomes de profetas ou de mártires do Antigo Testamento (Mt 23.37) para obter êxito nos seus ministérios.

Enfatizamos que é, única e exclusivamente, através do nome de Jesus que alguém pode ser verdadeiramente livre da opressão diabólica! (Jo 8.32,36; At 16.18). Tão somente Ele pode aliviar os oprimidos! (Mt 11.28).


Cristãos endemoninhados?

Existe entre os cristãos sinceros uma preocupação demasiada com a demonologia. Alguns chegam ao absurdo de admitir a possessão de crentes. Esta doutrina tem causado grandes conflitos entre os cristãos que no passado estiveram envolvidos com o espiritismo. Quando velhas criaturas, praticavam a comunicação com os mortos, recebendo entidades espirituais no exercício da mediunidade. Agora, como novas criaturas, temem e acreditam que suas experiências passadas os tornam mais suscetíveis à possessão demoníaca que os outros cristãos.

Para fundamentar esta exótica doutrina, seus defensores alegam a possessão de crentes em alguns casos bíblicos: Judas Iscariotes, Pedro, Ananias e Safira, entre outros.

Quanto a Judas Iscariotes 


Apesar de ser um dos doze, não era um cristão autêntico. Em João 6.70 Jesus declara: Não vos escolhi vós os doze? e um de vós é um diabo (grifo do autor). Judas não era como os demais: "Disse-lhe Jesus: Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés, pois no mais todo está limpo. Ora, vós estais limpos, mas não todos. Porque bem sabia ele quem o havia de trair; por isso disse: Nem todos estais limpos" (Jo 13.10-11, grifo do autor).

Arrazoamos ainda: poderia um cristão autêntico roubar? Judas Iscariotes era ladrão: "Ora, ele disse isto, não pelo cuidado que tinha dos pobres, mas porque era ladrão e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava" (Jo 12.6). Seu final não poderia ter sido mais trágico: "E ele, atirando para o templo as moedas de prata, retirou-se e foi-se enforcar" (Mt 27.5).

Quanto a Pedro

Na cerimônia do lavapés, Pedro não permitiu que Jesus o lavasse: "Nunca me lavarás os pés. Repicou-lhe Jesus: Se eu não te lavar não tens parte comigo" (Jo 13.8). Após ter entendido que esta atitude era equivalente a rejeitar Jesus e seus benefícios, o impetuoso apóstolo pediu que lhe fossem lavados não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça (Jo 13.9). Como vimos, havia um que estava impuro, e este não era Pedro.

Como explicar Marcos 8.33? "Mas ele, virando-se, e olhando para os seus discípulos, repreendeu a Pedro, dizendo: Retira-te de diante de mim, Satanás; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas as que são do homem" (grifo do autor).

Em seu intenso cuidado humano, Pedro serviu de instrumento satânico ao pronunciar palavras que se opunham aos planos de Deus para a salvação da humanidade. Não há nenhuma evidência de possessão, mas, sim, uma influência diabólica a qual todos os que não vigiam estão expostos (Mc 14.38). Alguns momentos antes, na ocasião em que Jesus interrogou os discípulos acerca da sua identidade, Pedro havia sido elogiado: "...Quem dizem os homens ser o filho do homem?... E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo... Bem aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus (Mt 16.13-17, grifo do autor).

Depois de algum tempo, em virtude de suas experiências e tendo adquirido maior maturidade espiritual, o apóstolo enfatizou a importância da vigilância e explicou a posição do diabo em relação à vida do cristão: "Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar" (1Pe 5.8, grifo do autor).
No final de sua vida, Pedro autenticou sua fé como mártir, morrendo crucificado de cabeça para baixo por não se achar digno de morrer como seu mestre 7.




Quanto a Ananias e Safira

"Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás seu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade?" (At 5.3, grifo do autor).
Ananias e sua esposa receberam ataques de Satanás - a Bíblia diz: "Não deis lugar ao diabo" (Ef 4.27) - e, em conseqüência, revelaram reações pecaminosas. Jesus disse: "Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração" (Mt 6.21). A questão em pauta é tão somente o fato de tentarem mentir ao Espírito Santo e a falta de fé para fazer como os demais discípulos que depositavam aos pés dos apóstolos todo o valor da herdade que possuíam.
Uma impossibilidade à luz da Bíblia

Infelizmente, em alguns cultos "evangélicos" dá-se grande enfoque à atuação dos demônios na vida das pessoas, deixando em segundo plano o louvor e a adoração ao único que é digno de recebê-los (Ap 4.11). Examinando à Bíblia, entendemos que a libertação de pessoas endemoninhadas e a manifestação de espíritos malignos na presença de cristãos era um fator comum decorrente da verdade por Jesus ensinada, pois não pode haver comunhão entre a luz e as trevas. Não se determinava um culto periódico específico para tal prática. Surge a questão: Como deveriam proceder os irmãos da igreja primitiva nas suas reuniões? O apóstolo Paulo responde: "Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação" (1 Co 14.26, grifo do autor). A Palavra de Deus é cristocêntrica. Cristo é o centro das nossas vidas. Nos cultos, Cristo deve ser o centro das atenções!
Não há quaisquer possibilidades de um crente genuíno ser possuído por demônios. O verdadeiro cristão, sal da terra e luz do mundo (Mt 5.13-14), é nascido de Deus (Jo 3.3), e a Ele se sujeita resistindo ao diabo (Tg 4.4) e o maligno não lhe toca (1 Jo 5.18). Não discordamos que crentes aparentes, disfarçados, fiquem possessos. E, diante disso, é aconselhável que alguém com o dom específico de discernir espíritos prove se tal pessoa está realmente endemoninhada.

Essa classe de indivíduos foi comparada por Jesus com o joio, erva daninha inútil que não serve para qualquer proveito. Tais pessoas precisam urgentemente da regeneração do Espírito Santo; do contrário, tendo crescido o joio, deve ser separado do trigo e queimado (Mt 13.24-30). Existe uma gritante distinção entre a aparência e a essência. O Deus que servimos olha para dentro (coração), e não para fora (1 Sm 16.7).

Ratificamos a impossibilidade de o crente ser possuído por demônios com as seguintes considerações:
  • .Somos templo do Espírito Santo e este, por sua vez, não é um visitante esporádico, antes, é um morador permanente que não se ausenta de sua morada (1 Co 6.19,20);

  • .Esse glorioso habitante é zeloso e sente ciúmes de seu santuário (Tg 4.5);

  • .Somos selados com o Espírito Santo da promessa, o qual é o penhor (garantia) da nossa herança, para a redenção da possessão adquirida, para o louvor da sua glória (Ef 1.13-14);

  • .Somos um povo especial, propriedade exclusiva de Deus (Tt 2.14,1 Pe 2.9) resgatados por um preço caríssimo (Sl 49.8);

  • .Somos auxiliados em nossas fraquezas pela incomparável intercessão do Espírito Santo (Rm 8.26);

  • .Somos mais que vencedores por aquele que nos amou e estamos certos de que absolutamente nada poderá nos separar desse amor (Rm 8.37-39);

  • .O Senhor guarda a nossa alma contra todo mal (Sl 121.5-7);

  • Jesus é o valente que venceu e expulsou Satanás das nossas vidas, tirando-lhe toda a sua armadura, repartindo os seus despojos (Lc 11.21-22);
  • .Se formos infiéis, Ele permanece fiel, pois não pode negar-se a si próprio (2 Tm 2.13).


  • A soberania de Jesus sobre os demônios

    A possessão demoníaca é uma enfermidade espiritual que pode, às vezes, exteriorizar uma doença física. A Bíblia diz que o Cordeiro de Deus "verdadeiramente tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si" (Is 53.4). 

    O fariseu Nicodemos reconheceu que Jesus era mestre vindo de Deus por meio de seus singulares prodígios e grande parte desses prodígios estavam relacionados a curas de enfermidades. Em muitos casos, essas enfermidades eram frutos de possessões demoníacas. "E, tendo chegado a tarde, quando já estava se pondo o sol, trouxeram-lhe todos os que se achavam enfermos e os endemoninhados. E curou muitos que se achavam enfermos de diversas enfermidades e expulsou muitos demônios, porém não deixava falar os demônios, porque o conheciam" (Mc 1.34, grifo do autor). 

    Acontecimentos como esses foram comuns em seu ministério. Certa vez, Jesus curou um mudo e endemoninhado: "E expulsou o demônio, falou o mudo e a multidão se maravilhou dizendo: Nunca tal se viu em Israel" (Mt 9.33). Houve também algumas mulheres que foram libertas pelo seu poder: "e também algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios" (Mt 8.3; Mc 16.9).

    Lembramos também do relato histórico de um homem, gadareno, que era possuído por demônios. Não andava vestido, habitava nos sepulcros, era muitas vezes aprisionado com grilhões e cadeias e as prisões eram por ele quebradas; temível, era considerado um monstro na sociedade da época. Seríamos capazes de avaliar o rebuliço e a insegurança que causava a todos os moradores da cidade? 

    O texto diz que repreendida por Jesus, a legião se prostrou diante dele: "E, quando viu a Jesus, prostrou-se diante dele, exclamando, e dizendo com alta voz: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Peço-te que não me atormentes" (Lc 8.28). Os de demônios chegaram a suplicar-lhe que não os mandasse para um abismo próximo, sendo a eles concedido que entrassem numa vara de porcos que naquele momento pastava no local. O resultado foi glorioso: "Os habitantes da cidade acharam o homem de quem haviam saído os demônios, vestido, e em juízo, assentado aos pés de Jesus; e temeram" (Lc 8.35, grifo do autor). 

    Jesus sempre demonstrou sua soberania diante dos demônios, porém houve um caso em que seus discípulos não conseguiram expelir uma legião de demônios devido ao maior grau de resistência dessa legião e a falta de fé revelada pelos discípulos: "e trouxe-o (lunático) os teus discípulos e não puderam curá-lo. Então repreendeu Jesus o demônio, que saiu dele; e desde aquela hora o menino sarou. Jesus explicou: Esta casta de demônios não se expulsa senão pela oração e pelo jejum" (Mt 17. 16,18, 21). 

    Absolutamente, não é de qualquer maneira que podemos enfrentar os inimigos das nossas almas. Veja Efésios 6.10-18 O aparente fracasso dos discípulos causou-lhes desapontamento. Contudo, noutra passagem podemos contemplá-los cheio de alegria pelo fato de terem os demônios sujeitado-se à autoridade de Jesus a eles conferida (Lc 10.17). Nada era fruto da capacidade humana: "Eis que vos dou poder para pisar serpentes e escorpiões, e toda força do inimigo, e nada vos fará dano algum" (Lc 10.19, grifo do autor).

    O mundo jaz no maligno, o deus deste século (2 Co 4.4). Ele tem sob seus domínios os reinos deste mundo (Lc 4.4). O confronto de poderes, luz versus trevas, é inevitável. A Bíblia declara que a vitória é certa (1 Jo 4.4). 

    Estejamos sempre prontos para este combate como bons soldados de Cristo, lembrando que o maior motivo da nossa alegria não é a sujeição dos demônios, mas, antes, por estar o nosso nome escrito no livro dos céus (Lc 10.20). Devemos sempre tributar adoração àquele que recebeu todo o poder no céu e na terra (Mt 28.18) e se revelou para desfazer as obras do diabo (1 Jo 3.8).

    Notas: 
    3 Pergunte e Responderemos, Ano XL. Maio. 1999. 444, p. 194. 
    4 Pergunte e Responderemos, Ano XL. Maio. 1999. 444, p. 197. 
    5 Manual do Exorcista (Orações do Papa León III). Papa León Magno. Madras 1998 (prefácio). 
    6 Manual do Exorcista (Orações do Papa León III). Papa León Magno. Madras 1998, p. 78. 
    7 Ele andou entre nós. Josh Macdowell & Bill Wilson. Candeia. 1988, p. 82. 

    Gnosticismo



    Publicado em 10/19/2001
    .
    .
    O MOVIMENTO GNÓSTICO 

    Nos dias de hoje, podemos dizer que um verdadeiro "renascimento" do gnosticismo está acontecendo em vários lugares do mundo, e tal renascimento teve início em 1950, em terras sul-americanas, conduzido por Samael Aun Weor. Em vida, ele escreveu mais de 50 livros sobre filosofia, alquimia, ciência, psicologia, antropologia, religiões e sobre toda a temática gnóstica. Os gnósticos de hojem podem contar com escolas, associações, cursos e centros de prática, já que a maioria das aulas é bem pouco teórica.

    A GNOSE E SUA HISTÓRIA 

    A Gnose existe é estudada há muitos séculos, principalmente na Europa e Oriente Médio. Mas só agora o Brasil parece ter interesse em conhecê-la mais a fundo. Há cerca de 4 séculos atrás, em 1769, foram descobertos os primeiros papiros que falam dos gnósticos e de seus fundamentos.
    São 718 folhas em pergaminho, datadas do século IV de nossa era, atribuídas a Valentin, e que em seu conjunto formam O Livro da Fiel Sabedoria, o Pistis-Sophia, escrito em copta-tebano tendo sua primeira tradução para o latim em 1851. Segundo os estudiosos, ele contém textos gnósticos riquíssimos , mostrando com detalhes uma das faces mais enigmáticas dos primeiros séculos de nossa era, já que encerra os segredos da gnose de Alexandria, onde encontramos conceitos de Platão, Zendavesta e Orfismo, entre outros. Muitos anos se passaram desde que o gnosticismo de Alexandria atingisse seu ponto máximo, de cujo momento lembramos apenas do terrível incêndio que destrui milhares de documentos importantes para o correto entendimento de nosso passado cultural.

    Entretanto, mesmo sob a acusação de heresia a Gnose continuou seu caminho, através de sociedades secretas como a dos cátaros, barbelos, alquimistas e rosa-cruzes, entre outros.

    OS ENSINAMENTOS 

    Consistem de uma grande variedade de disciplinas esotéricas, todas apresentadas de maneira muito prática. Exercícios são dados o tempo todo durante as aulas, para que o aluno possa entender e assimilar de melhor maneira tais ensinamentos. Alguns dos muitos ensinamentos passados são os seguintes:

    - meditação,
    - psicologia esotérica gnóstica,
    - magia sexual,
    - alquimia,
    - yogha,
    - tarot e qabalah,
    - astrologia hermética, entre outros tantos.
    A DOUTRINA DA SÍNTESE 

    A Gnose é conhecida como Doutrina da Síntese, visto que reúne os mais importantes aspectos de todas as religiões do passado e presente, não sendo propriedade de grupo algum. É um conhecimento atemporal e perene. Seu principal objetivo é alcançar a auto-realização, sendo definida (dentro da Gnose) como "o desenvolvimento completo e harmonioso de todas as infinitas possibilidades no interior do ser humano". A importância da auto-realização consta da Antiga Advertência, colocada na entrada do oráculo de Delfos:

    "Te advirto, quem quer que sejas,
    Oh, tú! Que desejas sondar os Mistérios da Natureza.
    Como esperas encontrar outras excelências,
    Se ignoras as de tua própria casa?
    Em ti, está oculto o tesouro dos tesouros.
    Oh, homem! Conhece a Ti mesmo
    E conhecerás o Universo e os Deuses"
    O ALCANCE DA AUTO-REALIZAÇÃO 

    Segundo a Gnose, a auto-realização pode ser alcançada através de três importantes fatores: os três fatores da revolução da consciência. São os seguintes:

    1º fator: O despertar das faculdades e poderes latentes em nosso ser interior, através da transmutação das nossas energias sexuais. União amorosa entre homem e mulher, sem a perda da "jóia seminal", a sagrada energia do Logos. Como diz respeito ao despertas da criação, esse primeiro fator é chamado de Nascimento, ou Nascer.

    2º fator: A descoberta e eliminação de nossos defeitos, elementos que travam nosso progresso espiritual. O segundo fator é chamado de Morte, ou Morrer, porque estamos nosa desligando de tudo o que nos atrapalha e prejudica espiritualmente.

    3º fator: Levar à toda a humanidade (ou aos que buscam) a Chave, a Gnose, ou seja, o Conhecimento Espiritual. Como esse processo lida diretamente com o sacrifício pela humanidade,o terceiro fator é chamado Sacrifício, ou Sacrifício pela Humanidade.

    Esses três fatores formam a base sobre a qual toda a doutrina gnóstica está edificada.

    E Maria, pecou?




    Publicado em 10/19/2001
    JesusSite
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    A Igreja Católica ensina que Maria foi concebida sem pecado e nasceu sem mancha de pecado original, ou seja, que Maria foi gerada pelo seu pai, porém o seu nascimento foi imaculado. Esta é a fórmula de dogma de fé que Pio IX proclamou a oito de dezembro de 1854, na bula ineffabilis:

    "É de Deus revelada, a doutrina que mantém que a bem-aventurada Virgem Maria no primeiro instante do seu nascimento, pela singular graça e privilégio do Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha do pecado original".

    Os cristãos protestantes manifestam que este dogma não tem nenhum fundamento bíblico. Pio IX separa Maria da sua condição humana, e a faz uma exceção ao lado de Jesus. A Bíblia, que cremos se a Palavra de Deus, declara que todos somos pecadores: "... todos estão debaixo do pecado. Como está escrito: não há um justo, nem um sequer" (Romanos 3.9-10).

    Como se atreve o apóstolo Paulo a garantir que não há sequer um justo, se existia a exceção de Maria? Como é que Deus escreveu por meio dos seus santos profetas e apóstolos, colunas da verdade revelada, que não há nem um só justo, se estava a Virgem Imaculada concebida sem pecado?

    A Bíblia não ensina que Maria estivesse livre do pecado original, por uma graça especial, desde o mesmo instante do seu nascimento. Maria não reclamou para si o privilégio de ser sem pecado. A própria Maria não cria porque no seu magnificat, reconhece ser pecadora e faz menção do seu Salvador. A virgem Maria, a mais bem-aventurada entre todas as mulheres, falou de Deus, na pessoa de Jesus Cristo, como "Meu Salvador", ao dizer: "A minha alma engrandece ao Senhor; e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador" (Lucas 1.46-47). Se ela não fosse pecadora, não teria a necessidade de um Salvador.

    Ao falar nesses termos de bendita virgem, não queremos dizer que a escolhida por Deus não fosse a melhor e mais pura entre as mulheres. Porém, não era imaculada, pois ela mesma declara levar como todos nós, a marca do pecado quando invoca a Deus, chamando-lhe "Meu Salvador". Por que chamou assim a Deus? Por que ela, do mesmo modo que todos os homens, necessitou se salvar e obter a vida eterna através do arrependimento e fé.

    A Bíblia é igualmente clara em mostrar a doutrina da universidade do pecado: "Certamente em iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu a minha mãe" (Salmos 51.5); "Não há homem justo sobre a terra, que faça o bem e nunca peque" (Eclesiastes 7.20); "Pois todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Romanos 3.23). Nessas passagens não se indica a exceção de Maria; ela como descendente de Adão, participou não só das conseqüências da queda, senão também do pecado; "Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram... assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens" (Romanos 5.12-18).

    O argumento que usam alguns católicos, de que Jesus não podia ser imaculado (ou seja, sem pecado original), se a que Lhe concebeu não tivesse sido, está carente de razão. Vejamos:


    1º) Porque Jesus nasceu por obra do Espírito Santo, não de um varão, porém a virgem foi filha em verdade de Ana e Joaquim.

    2º) Porque Jesus é Deus, na qualidade de Segunda Pessoa da Trindade, mas Maria era humana. Cristo não tinha necessidade de que a sua mãe fosse santa, porque foi concebido pelo Espírito Santo; Ele é santo ainda que nascido de uma mulher pecadora, porque no seu corpo "havia a plenitude da Divindade".

    3º) Se todos os homens herdam a mancha do pecado, os pais da virgem Maria também a herdaram, e os seus filhos foram igualmente herdeiros da natureza pecaminosa do homem. Não há nenhuma base para crer que alguns dos seus filhos a herdaram, enquanto que a sua filha Maria não a herdou.

    4º) Porque, pela mesma razão, tinha sido necessário que fossem imaculados os seus pais Joaquim e Ana, para que pudesse ser a virgem, e as avós para que o fosse Ana; assim sucessivamente, e assim deveríamos estabelecer que foi uma cadeia ininterrupta de mulheres, desde Eva. Esses argumentos não lhe soam ridículos? Se em algum caso tinha que operar-se o milagre de nascer um imaculado, seja quem for, deveria ter sido Jesus, que era divino.

    Respeitamos Maria com o mesmo respeito com que o fizera o anjo da Anunciação. Sentimos por ela um profundo carisma ao ver que foi eleita providencialmente por Deus para ser mãe, segundo a carne, do Salvador. E cremos que é bem-aventurada entre as mulheres não porque seja uma semi-deusa, e sim como membra da comunidade dos remidos, como Paulo, Pedro, João e etc.



    TextoLinguagem
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    Revista
    e Corrigida
    Revista
    e Atualizada
    Mateus
    1.16

    Jacó
    foi pai de José, "marido" de Maria, e ela foi a mãe de Jesus,
    chamado o Messias.
     

    e
    Jacó gerou a José, "marido" de Maria, da qual nasceu JESUS,
    que se chama o Cristo.
     

    Jacó
    gerou a José, "marido" de Maria, da qual nasceu Jesus, que se
    chama o Cristo.
     
    Atos
    1.14

    Eles
    sempre se reuniam todos juntos para orarem com as mulheres, a mãe de Jesus
    e os "irmãos dele".
     

    Todos
    estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres,
    e Maria, mãe de Jesus, e com "seus irmãos".
     

    Todos
    estes perseveravam unânimes em oração, com as mulheres, com Maria, mãe
    de Jesus, e com "os irmãos dele".
     
    Mateus
    1.24,25

    Quando
    José acordou, fez o que o anjo do Senhor havia mandado e casou com Maria.

    Porém
    não teve relações com ela "até" que a criança nasceu. E José
    pôs no menino o nome de Jesus.
     

    E
    José, despertando do sonho, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e
    recebeu a sua mulher,

    e
    não a conheceu "até" que deu à luz seu filho, o primogênito;
    e pôs-lhe o nome de JESUS.
     

    Despertado
    José do sono, fez como lhe ordenara o anjo do Senhor e recebeu sua mulher.

    Contudo,
    não a conheceu, "enquanto" ela não deu à luz um filho, a quem
    pôs o nome de Jesus.
     
    Mateus
    13.55,56

    Por
    acaso ele não é o filho do carpinteiro? A sua mãe não é Maria? "Ele
    não é irmão de Tiago, José, Simão e Judas?

    Todas
    as suas irmãs" não moram aqui? De onde é que ele consegue tudo isso?
     

    Não
    é este o filho do carpinteiro? E não se chama sua mãe Maria, e "seus
    irmãos, Tiago, e José, e Simão, e Judas?

    E
    não estão entre nós todas as suas irmãs?" Donde lhe veio, pois, tudo
    isso?
     

    Não
    é este o filho do carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria, e "seus
    irmãos, Tiago, José, Simão e Judas?

    Não
    vivem entre nós todas as suas irmãs?" Donde lhe vem, pois, tudo isto?
     
    Lucas
    2.7

    Então
    Maria deu à luz o "seu primeiro filho". Enrolou o menino em
    panos e o deitou numa manjedoura, pois não havia lugar para eles na pensão.
     

    E
    deu à luz o "seu filho primogênito", e envolveu-o em panos,
    e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.
     

    e
    ela deu à luz o "seu filho primogênito", enfaixou-o e o deitou
    numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria.
     
    Mateus
    12.47-50

    Então
    alguém disse a Jesus: - Escute! A sua mãe e os seus irmãos estão lá fora
    e querem falar com o senhor.

    Jesus
    perguntou: - Quem é a minha mãe? E quem são os meus irmãos?

    Então
    apontou para os seus discípulos e disse: - Vejam! Aqui estão a minha mãe
    e os meus irmãos.

    Pois
    quem faz a vontade do meu Pai, que está no céu, é meu irmão, minha irmã
    e minha mãe.
     

    E
    disse-lhe alguém: Eis que estão ali fora tua mãe e teus irmãos, que querem
    falar-te.

    Porém
    ele, respondendo, disse ao que lhe falara: Quem é minha mãe? E quem são
    meus irmãos?

    E,
    estendendo a mão para os seus discípulos, disse: Eis aqui minha mãe e
    meus irmãos;

    porque
    qualquer que fizer a vontade de meu Pai, que está nos céus, este é meu
    irmão, e irmã, e mãe.
     

    E
    alguém lhe disse: Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem falar-te.

    Porém
    ele respondeu ao que lhe trouxera o aviso: Quem é minha mãe e quem são
    meus irmãos?

    E,
    estendendo a mão para os discípulos, disse: Eis minha mãe e meus irmãos.

    Porque
    qualquer que fizer a vontade de meu Pai celeste, esse é meu irmão, irmã
    e mãe.
     

    Resposta Cristã à afirmação Islâmica de que Maomé foi profetizado na Bíblia


     
    Publicado em 9/24/2001
    Defesa da Fé
    Defesa da Fé

    O islamismo e o cristianismo são as duas religiões de maior porte no mundo atual. Ambas são as que mais se dedicam a missões. Suas crenças são semelhantes em muitos aspectos. São monoteístas, foram fundados por indivíduos específicos em contextos definidos e historicamente verificáveis, são universais, crêem na existência de anjos, no céu e no inferno, numa ressurreição futura e que Deus se manifesta ao homem por meio de uma revelação (ver matéria: Islamismo – desafio à fé cristã – Defesa da Fé no. 08 – p. 10-23).

    Todavia, existem também diferenças óbvias entre elas, particularmente em relação à pessoa de Jesus, o caminho da salvação e a escritura ou escrituras de fé. Estas diferenças abrangem as doutrinas mais fundamentais de cada religião. Portanto, mesmo que ambos possam ser igualmente falsos, o islamismo e o cristianismo não podem ser verdadeiros ao mesmo tempo.

    Toda religião que se iniciou depois do cristianismo tenta mostrar que é compatível com a Bíblia, esforçando-se para demonstrar que a Bíblia se refere a seu fundador ou fé(1). Assim sendo, não é surpresa descobrir que os muçulmanos também afirmem que seu fundador foi profetizado no Antigo e Novo Testamentos. Embora o islamismo não seja o único a afirmar ser validado pela Bíblia, suas afirmações poderiam ser consideradas verdadeiras? Nosso objetivo é examinar as declarações islâmicas para ver se cada uma delas são confiáveis. A razão deve ser evidente por si mesma: é muito fácil fazer declarações a respeito de si mesmo, prová-las, porém, torna-se mais difícil.

    ANALISANDO OS VERSÍCULOS

    Há alguns versículos secundários e menos específicos que os muçulmanos declaram ser profecias relacionadas a Maomé. Entretanto, os versículos que a maioria dos muçulmanos citam como os mais explicativos são Deuteronômio 18.15-18 e João 14.16; 15.26 e 16.7.

    Em Deuteronômio 18: 15-18 lemos: O Senhor, teu Deus, te despertará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis; conforme tudo o que pediste ao Senhor, teu Deus, em Horebe, no dia da congregação, dizendo: Não ouvirei mais a voz do Senhor, meu Deus, nem mais verei este grande fogo, para que não morra. Então, o Senhor me disse: Bem falaram naquilo que disseram. Eis que lhes suscitarei um profeta no meio seus irmãos, como tu, e porei as minhas palavras na sua boca, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar.

    Estes versículos são tidos universalmente pelos muçulmanos como uma profecia relativa a Maomé(2). Há várias razões porque acreditam que essa passagem não pode ser uma referência a Jesus. Primeira, o Profeta Prometido deveria ser um Profeta Legislador . Jesus não apresentou nenhuma declaração referente a uma nova lei. Segunda, o Profeta Prometido seria suscitado não dentre Israel, mas dentre seus irmãos e Jesus era um israelita. Terceira, a profecia diz: ... porei as minhas palavras na sua boca...Os evangelhos não consistem nas palavras que Deus pôs na boca de Jesus, eles apenas nos contam a história de Jesus, o que ele disse em alguns de seus discursos públicos e o que os seus discípulos disseram ou fizeram em ocasiões diferentes. Quarta, o Prometido deveria ser um profeta. O ponto de vista cristão é que Jesus não era um profeta, mas o filho de Deus(3). Nesse sentido o muçulmano salientará semelhanças entre Maomé e Moisés. Cada um deles surgiu dentre idólatras. Ambos são legisladores. Inicialmente foram rejeitados pelo seu povo e tiveram de se exilar. Retornaram posteriormente para liderar suas nações. Ambos casaram e tiveram filhos. Após a morte de cada um, os seus sucessores conquistaram a Palestina.

    A conclusão muçulmana é que esta profecia foi cumprida somente por Maomé: se estas palavras não se aplicam a Maomé, elas ainda permanecem sem cumprimento(4).

    Antes de prosseguir, analisaremos primeiramente estes pontos. A primeira objeção levantada contra esta profecia ter sido cumprida em Jesus foi a de que Jesus não foi um legislador. Os muçulmanos que afirmam isso demonstram apenas falta de compreensão do Novo Testamento. Vejamos o Evangelho de João 13.34 e a Epístola aos Gálatas 6.2: Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos ameis a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Levai as cargas uns dos outros e assim cumprireis a lei de Cristo.

    A próxima objeção foi que irmãos deve se referir aos ismaelitas, não aos próprios israelitas. Este argumento pode ser refutado facilmente. Basta verificar como o termo irmãos é usado na Bíblia. Um exemplo irrefutável encontra-se no próprio livro de Deuteronômio 17.15. Moisés instrui os israelitas: porás, certamente, sobre ti como rei aquele que escolher o Senhor, teu Deus, dentre teus irmãos porás rei sobre ti; não poderás pôr homem estranho sobre ti, que não seja de teus irmãos. Ora, alguma vez Israel estabeleceu algum estrangeiro como rei? É claro que não! Escolher um rei dentre teus irmãos refere-se a escolher alguém de uma das doze tribos de Israel. Da mesma forma, o Profeta Prometido de quem se fala no livro de Deuteronômio 18 deveria ser um israelita.

    Outra objeção à passagem de Deuteronômio 18.15-18 é que supostamente os evangelhos não consistem nas palavras que Deus deu a Jesus, dado extremamente importante à luz do versículo 18. Entretanto, dizer que Jesus não fala o que Deus Pai lhe orienta, revela, novamente, falta de conhecimento do Novo Testamento: Porque eu não tenho falado de mim mesmo, mas o Pai, que me enviou, ele me deu mandamento sobre o que hei de dizer e sobre o que hei de falar. E sei que o seu mandamento é a vida eterna. Portanto, o que eu falo, falo-o como o Pai mo tem dito (Jo 12.49-50)(5).

    Percebemos, outra vez, que os muçulmanos têm pouca familiaridade com o Novo Testamento. O próprio Jesus, profetizando sua morte iminente, disse que deveria continuar sua jornada até Jerusalém: Importa, porém, caminhar hoje, amanhã e no dia seguinte para que não suceda que morra um profeta fora de Jerusalém (Lc 13.33)(6).

    O muçulmano salientará que as muitas semelhanças entre Moisés e Maomé ainda não foram explicadas. É verdade que existem muitas analogias, mas também muitas diferenças. Por exemplo, se Maomé era analfabeto como a maioria dos muçulmanos afirmam, então, ele não era como Moisés que foi instruído em toda a ciência dos egípcios... (At 7.22). Diz-se que Maomé recebeu suas revelações de um anjo. Moisés, porém, recebeu a Lei diretamente de Deus. Maomé não operou sinais ou milagres para corroborar o seu chamado. Moisés, entretanto, executou muitos sinais. Maomé era árabe, Moisés, israelita. Analisando os evangelhos, percebemos que Jesus era diferente de Moisés em alguns aspectos; em outros, muito parecido. Ambos eram israelitas, o que é muito importante à luz do que aprendemos acerca da expressão dentre teus irmãos. Ambos deixaram o Egito para ministrar a seu povo (Mt 2.15; Hb 11.27). Ambos renunciaram grandes riquezas, a fim de melhor se identificar com seu povo (Jo 6.15; 2 Co 8.9; Hb 11.24-26).

    Dessa maneira, percebemos que tanto Jesus como Maomé tiveram semelhanças com Moisés. Em que sentido, então, este Profeta Prometido seria semelhante a Moisés? A resposta encontra-se em Deuteronômio 34.10-12, porquanto duas características peculiares de Moisés são mencionadas: E nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, a quem o Senhor conhecera face a face; nem semelhante em todos os sinais e maravilhas, que o Senhor o enviou para fazer na terra do Egito, a Faraó, e a todos os seus servos, e a toda a sua terra; e em toda a mão forte e em todo o espanto grande que operou Moisés aos olhos de todo Israel.

    Esta é uma referência direta a Deuteronômio 18.15-18. Referindo-se à profecia anterior, uma característica de Moisés é mencionada aqui: o Senhor conhecia Moisés face a face(7). Maomé nunca teve esse tipo de relacionamento com Deus. Deus é tão transcendente no islamismo que, exceto no caso de Moisés, nunca falou diretamente com o homem. Jesus, o verbo feito carne (Jo 1.14), é o único que teve relacionamento com Deus, assim como Moisés. De fato, o relacionamento de Jesus ultrapassa em muito o de Moisés: No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus (Jo 1.1).

    Pouco precisamos falar sobre a segunda característica de Moisés. Os muitos milagres que tanto Jesus como Moisés operaram são bem conhecidos. O próprio Alcorão testifica que Maomé não operou milagres(8), mas que Jesus operou milagres (9).

    Finalmente, o próprio Jesus nos diz quem é o Profeta Prometido de Deuteronômio 18.15-18: Porque, se vós crêsseis em Moisés, creríeis em mim, porque de mim escreveu ele (Jo 5.46)(10).

    EVANGELHO DE JOÃO 14.16; 15.26; 16.7

    Os muçulmanos afirmam que os versículos referentes ao Consolador vindouro (Parácletos no original grego) são, na verdade, alusões à vinda de Maomé. A razão para tal afirmação está contida no Alcorão, o qual diz que seria enviado um apóstolo depois de Jesus, cujo nome será Ahmad (Alcorão 61.6). Yusuf Ali faz o seguinte comentário sobre este versículo: Ahmad ou Muhammad o Louvado é quase uma tradução da palavra grega Periclytos. No atual evangelho de João, XVI. 16 XV. 26 e XVI. 7, a palavra Confortador na versão inglesa é para a palavra grega Parácletos que significa Advogado, aquele chamado para ajudar um outro, um amigo, bondoso, mais que Confortador. Nossos doutores sustentam que Parácletos é uma leitura corrompida de Periclytos, e que no discurso original de Jesus havia uma profecia de nosso santo profeta Ahmad pelo nome(11). Esse é um dos motivos que leva os muçulmanos a acreditar que todas as nossas Bíblias foram corrompidas e que João realmente usou a palavra Periclytos nesses versículos, ao invés da palavra Parácletos.

    Ao examinar a afirmação muçulmana de que o texto foi corrompido, a crítica textual deveria analisar criteriosamente a verdadeira evidência textual. Há mais de 24 mil manuscritos do Novo Testamento que datam antes de 350 d.C.(12). Não existe manuscrito algum que contenha essa citação e apareça a palavra periclytos. A palavra registrada todas as vezes é Parácletos. Não há evidência textual que possa apoiar a alegação de que o texto tenha sido corrompido. A posição muçulmana encontra ainda maiores dificuldades quando lemos cuidadosamente estes versículos para vermos o que Jesus estava dizendo. Poderíamos dizer muitas coisas a respeito de cada versículo. Limitaremos nosso exame às discrepâncias óbvias entre a posição islâmica e o que realmente está sendo dito: E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador(13), para que fique convosco para sempre (Jo 14.16). Jesus disse que o Pai vos dará outro Consolador. A quem Jesus estava se dirigindo nesses versículos? Aos árabes ou, mais especificamente, aos ismaelitas? É claro que não. Ele está falando aos crentes judeus. Por conseguinte, o Consolador deveria ser enviado inicialmente a eles, não podendo logicamente referir-se a Maomé. Além do mais, este versículo afirma que o Parácletos, o Consolador estaria convosco para sempre. Como pode, então, referir-se a Maomé? O profeta muçulmano morreu e foi enterrado há mais de 1.300 anos.

    O evangelho de João diz: o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós (Jo 14.17). Aqui, o Espírito da verdade é um outro título ou sinônimo de Parácleto. Vemos, a partir deste versículo, que o Parácleto estaria em vós. Reconciliar esta declaração com a posição islâmica é impossível.

    A declaração do Senhor Jesus no Evangelho de João 14.26 desmonta completamente a hipótese islâmica de que Maomé era verdadeiramente aquele profetizado nos versículos, pois eles se referem ao Consolador ou Parácleto: Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito. Jesus disse que o Consolador é o Espírito Santo. Esta é a razão pela qual todos os apologistas muçulmanos não citam esse versículo .

    O Consolador foi dado aos discípulos de Jesus. Maomé não foi seu discípulo. Jesus disse que os seus discípulos conheciam o Consolador: ...vós o conheceis (Jo 14.17) Eles não conheciam Maomé, que nasceu no século sexto depois de Cristo. Jesus disse que o Consolador seria enviado em nome de Jesus. Nenhum muçulmano crê que Maomé tenha sido enviado em nome de Jesus. Jesus disse que o Consolador não falaria de si mesmo (Jo 16.31). Em contrapartida, Maomé constantemente testifica de si mesmo no Alcorão(14). A Bíblia diz claramente que o Consolador iria glorificar a Jesus (Jo 16.14), e Maomé declara substituir Jesus, estando na condição de profeta superior.

    O Senhor Jesus em Atos 1.4-5, ordenou a seus discípulos: ...que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes. Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias. Estes versículos poderiam honestamente ser aplicados a Maomé, que surgiu 570 anos depois, em Meca na Árabia? À luz do texto bíblico, a interpretação islâmica é impossível. O cumprimento das palavras do Senhor Jesus ocorreu dez dias depois, no dia de Pentecostes (Atos 2.1-4) e não seis séculos depois, a centenas de milhas de Jerusalém.

    Concluímos, portanto, que não há base bíblica alguma para afirmar que o Profeta Prometido em Dt 18.15-18 e o Consolador em Jo 14.16; 15.26 e 16.7 sejam profecias relacionadas ao fundador do islamismo, mas, como a própria Bíblia Sagrada declara, o Profeta Prometido em Dt 18.15-18 é o Senhor Jesus (Jo 5.46) e o Consolador (Jo 14.16; 15.26 e 16.7) é a pessoa Bendita do Espírito Santo (Jo 14.26).

    Notas

    1 Por exemplo, Mani, no terceiro século, afirmou ser o Parácleto ou o Consolador de quem Jesus falou em Jo 14.16. Os Baha'is, que se originaram do próprio islamismo, acreditavam do mesmo modo que seu fundador Baha'u'llah fora predito na Bíblia. Os mórmons crêem que Ezequiel profetizou a vinda de uma de suas escrituras: O Livro de Mórmon.
    2 Eles acreditam que o Alcorão refere-se a isso na surata 7.157.
    3 Hazrat Mirza Bashir-Ud-Din Mahmud Ahmad, Introduction to the Study of the Holy Quran (London: The London mosque, 1949), pp 84-94. Também cf. Ulfat Aziz-Us-Samad, Islam and Christianity (Karachi, Pakistan: Begum Aisha Bauany Wakf, 1974), p. 96.
    4 'Abdu 'L-Ahad Dauud, Muhammad in the Bible (Kuala Lumpur: Pustaka Antara, 1979).
    5 também cf. Jo 7.16; 8.28
    6 Também cf. Mt 13.57; 21.11; Lc 7.16; Jo 4.19; 6.14; 7.40; 9.17.
    7 Ver. Ex. 33.11
    8 Ver. Alcorão 1.59; 1.90-93; 6.37; 6.109.
    9 Ver. Alcorão 5.110.
    10 Ainda cf. Lc 24.27.
    11 Abdullah Yusuf Ali, op. cit., p. 1540 (Também cf. p. 144).
    12 A cópia mais antiga do Evangelho de João é o Papiro 75, datado entre 175-225 D.C. A palavra ali encontrada é Parácletos e não pariclytos, como querem os muçulmanos.
    13 A palavra grega Parácletos pode ser traduzida por Confortador, Conselheiro, Advogado ou Ajudante.
    14 Ver. Alcorão 33.40.

    10 Razões Bíblicas porque não posso ser Mórmon



    Publicado em 11/23/2001
    Pastor David Zuhars
    Primeira Igreja Batista do Jardim das Oliveiras - www.pibjo.r8.org

    1. O Mormonismo não ensina que a Bíblia é a infalível Palavra de Deus.

      "Cremos que a Bíblia é a Palavra de Deus até onde for traduzida corretamente: cremos que o livro de Mórmon também é a palavra de Deus," (Declaração de fé, artigo n° 8).

      Na qualidade de crentes que somos cremos que as Sagradas Escrituras do Velho e do Novo Testamentos são a Palavra de Deus verbalmente inspirada, a autoridade final para nossa fé e vida, sem erros no original, infalível e inspirada por Deus. II Tim. 3:16-17; II Pedro. 1:20-21; Mat. 5:18.

    2. O Mormonismo ensina que Deus é um homem glorificado e que tem um corpo físico. 

      "Deus mesmo já foi como nós somos agora e é um homem glorificado," (Doutrinas do Profeta Joseph Smith, página 345). "O Pai tem um corpo de carne e osso tão tangível quanto o dos homens…" (Dot. e Cov, Seç. 131:22).

      A Bíblia diz: "Deus não é homem," Núm. 23:19. "Deus é Espírito; e importa que os que adoram o adorem em espírito e em verdade," João 4:24. "…um espírito não tem carne nem ossos…," Luc. 24:39.

    3. O Mormonismo ensina que Cristo e o Diabo são irmãos. 

      "…que Lúcifer, o filho da alva, é nosso irmão mais velho e o irmão de Jesus Cristo," (Doutrina Mórmon por Bruce McConkie, páginas 163-164).

      A Bíblia diz que o diabo é um ser criado por Deus. "Perfeito eras (o diabo) nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniquidade em ti," Ezequiel. 28:15. "Porque nele (Cristo) foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele," Col. 1:16.

    4. O Mormonismo ensina que Jesus Cristo era casado e polígamo. 

      "Cremos que o casamento em Caná da Galiléia foi o de Jesus Cristo," (Jornal de Discurso, Vol. 2, página 80). O Mormonismo ensina que Jesus foi o filho natural de Adão e Maria. "Quando a Virgem Maria concebeu o Menino Jesus…Ela não foi gerado pelo Espírito Santo. E quem é o seu pai? Ele é o primeiro na família humana," (Brigham Young, Jornal de Discursos, páginas 50-51).

      A Bíblia diz: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós…," João 1:1, 14. "E disse Maria ao anjo: Como se fará isto, visto que não conheço homem algum? E, respondeu o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo…," Luc. 1:34-35.

    5. O Mormonismo ensina que a verdadeira igreja deixou de existir até que foi restaurada por Joseph Smith. 

      A igreja (SUD) foi restaurada em 6 de abril de 1830 por Joseph Smith, (Dot. e Cov. 20:1).

      Jesus Cristo disse: "…sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela," Mat. 16:18. "Porque ninguém pode pôr outro fundamento, além do que está posto, o qual é Jesus Cristo," I Cor. 3:11. "Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina." Efés. 2:20.

    6. O Mormonismo ensina outro evangelho (pervertido) e não aquele da Bíblia. 

      O evangelho do Mormonismo é: "A fé, o arrependimento, o batismo, o recebimento do Espírito Santo pela imposição das mãos, a moralidade, a lealdade, o dízimo, a palavra da sabedoria, o dever, o casamento celestial (por toda a eternidade)," (Tratado dos SUD sobre o LIVRE ARBÍTRIO e DECLARAO de FÉ, artigo n° 4).

      A Bíblia diz: "Também vos notifico, irmãos, o evangelho que vos tenho anunciado…que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras," I Cor. 15:1-4. "Assim, como já vo-lo dissemos, e agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema," Gál. 1:9.

    7. O Mormonismo ensina a salvação dos mortos através do batismo por procuração. 

      Esta doutrina se baseia numa só passagem das Escrituras mal-interpretada: "Doutra maneira, que farão os que se batizam por causa dos mortos, se absolutamente os mortos não ressuscitam? Por que se batizam eles então pelos mortos?" I Cor. 15:29.

      Paulo não praticava o batismo pelos mortos. Ele se excluiu usando o pronome "eles" e não "nós" ou "vós". Ele está fazendo uma pergunta e não uma declaração. "E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo…," Heb. 9:27.

    8. O Mormonismo ensina a investigação genealógica dos mortos. 

      "Vamos, portanto, na qualidade de igreja e povo, como Santos dos Últimos Dias, fazer ao Senhor uma oferta de justiça; vamos apresentar no Seu santo templo, quando terminado, um livro contendo o registro de nossos mortos, que será digno de toda aceitação," (Dot. e Cov, Seç. 128:24).

      A Bíblia diz: "Nem se dêem a fábulas ou a genealogias intermináveis," I Tim. 1:4. "Mas não entres em questões loucas, genealogias e contendas," Tito 3:9.

    9. O Mormonismo ensina que existem profetas modernos e revelações divinas atualizadas. 

      O mormonismo reivindica que Joseph Smith recebeu o Sacerdócio Araônico de João Batista. O Sacerdócio de Melquisedeque e o Apostolado foram restaurados por Pedro, Tiago e João logo após em 1829, (Dot. e Cov, Seç. 13).

      A Bíblia diz: "Havendo Deus antigamente falado muitas vezes…nestes últimos dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo," Heb. 1:1-2. Encontramos em Deut. 18:20 e 22 o método bíblico para testar um profeta.

    10. O Mormonismo ensina que a salvação depende de boas obras e da aceitação de Joseph Smith. 

      "Nenhum homem que rejeita o testemunho de Joseph Smith pode entrar no reino de Deus," (Doutrinas da Salvação, vol. I, página 190). "Os homens tem uma obra a realizar para obter a salvação," (Doutrinas da Salvação, vol. III, página 91).



    A Bíblia ensina que a salvação é somente através de Jesus Cristo. "E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos," Atos 4:12. "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie," Efés. 2:8-9.

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    Fonte: http://www.pibjo.r8.org